18 fevereiro, 2016

O Rouxinol - Kristin Hannah



França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes.

Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva.

Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país.






Editora Arqueiro
Pags 432



Nunca tinha lido um livro sobre a II Guerra que fosse romanceado, realmente foi uma experiência nova para mim, então irei compartilhar com vocês minha jornada com o livro O Rouxinol.



Começamos a narrativa do livro em 1995 com uma mulher com câncer terminal e claro, não sabemos de quem se trata.
Já neste primeiro capítulo  ficamos com a pulga atrás da orelha, seria uma das irmãs? Ou algum outro parente? Elas conseguiram sobreviver afinal?



Próximo capítulo corta para a data de 1939 na França, onde irá se desenrolar nossa história.
Somos apresentados ao núcleo familiar que irá conduzir o enredo.



Um pai que participou da I Guerra e mesmo voltando para casa sofre outra grande perda e acaba por abandonar suas duas filhas , as entregando aos cuidados de uma freira.
Estas duas irmãs crescem longe uma da outra, perpetuando assim , o ciclo de abandono e um afeto que nesta primeira parte nunca se torna muito evidente em suas parcas relações familiares.




A filha mais velha Vianne se casa muito jovem e tenta construí sua própria família, a irmã mais nova Isabelle continua como interna numa dessas instituições católicas, da qual foi expulsa inúmeras vezes, estando na terceira ou quarta escola.



Isabelle é uma pessoa de gênio impulsivo e isso torna a convivência com ela extremamente complicada, e esta característica pessoal será muito útil nessa França tomada pelos alemães.



Finalmente a Guerra chega à França e todos serão testados , vemos se a família dessas mulheres conseguirão superar suas relações tortuosas e oferecer ajuda mutua uma a outra neste tempos difíceis.



Não gostaria de me adentrar muito no enredo para não estragar a experiência de leitura de todos que me leem, mas espere um livro com muita aventura e perigos, amores conquistados e outros reconquistados, a força dessas mulheres que ficaram sozinhas enquanto seus maridos e parentes lutavam no front (mais ou menos rs,  os franceses são péssimos soldados, certamente são melhores pensadores).



A autora traz à baila a importância dessas mulheres na resistência francesa e como elas fizeram o impossível para que a França não caísse totalmente de joelhos diante do inimigo.
Engraçado que não vemos livros sobre a coragem dessas mulheres, e sinto que a autora de Rouxinol tenta cobrir de certa forma este vazio na literatura de guerra, mesmo sendo um romance, mas que reconhece e enobrece  estas mulheres que se arriscaram pelo amor ao seu país.



O Rouxinol foi escrito com todos os dados que já conhecemos sobre a  II Guerra, isso torna o livro muito realístico, talvez um romance histórico eu diria.
Mesmo o romance não sendo o plot central da trama, o que na minha opinião foi uma jogada muito inteligente da autora.



Apenas uma coisa me irritou neste livro, e não foram os clichês (é impossível fugir deles), mas as soluções fáceis para algumas cenas, penso que tirou a fluidez e a credibilidade , mas não se preocupem são detalhes muito pequenos que não tiram o brilho e o valor do livro.



Alguns Quotes



É enervante não poder confiar na própria visão. Talvez seja por isso que me pegue olhando para trás. O passado tem uma nitidez que já não vejo no presente



Os jovens de hoje querem saber tudo sobre todo mundo. Acham que falar a respeito vai resolver um problema. Eu venho de uma geração mais calada. Nós entendemos o valor do esquecimento, o fascínio da reinvenção



O pai que foi para a guerra não era o mesmo homem que tinha voltado. Ela tentou ser amada por ele; mais importante, tentou continuar amando aquele homem, mas no final, uma coisa era tão impossível quanto a outra



A tristeza e a dor eram drenadas a cada respiração, mas nunca expelidas. Não dava para desistir. Nem por um segundo



A TriStar irá produzir a adaptação cinematográfica desta obra, então possivelmente logo a veremos nos cinemas

PS.: Possíveis erros gramaticais ou ortográficos serão corrigidos em minha releitura





Marcia Cogitare













10 comentários:

  1. Parece uma boa obra mas também muito triste. Gostei por não parecer um livro tão voltada ao romance como Uma Luz Através da Janela, mas é triste pensar em todos os horrores que acontecem nesses tempos guerra como foi a França na II Guerra e como ainda é hoje em diversos países.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Jade, achei muito bom a autora não ter como linha central um romance água com açúcar rs.

      Hug

      Excluir
  2. Que livro mais interessante! Esse deve fazer o leitor refletir. Infelizmente nos livros de História o que mais vemos sobre esse assunto são as partes das Guerras que todo mundo já ouviu falar ou leu. Então achei super bacana a autora romantizar o enredo e dar voz a esse lado da força das mulheres na história, certamente, é um ponto que me cativa muito.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Lavinia penso que a autora conseguiu um equilíbrio interessante entre romance e o relato de guerra.

      Hug

      Excluir
  3. Oi, Márcia!

    Já vi este livro pela blogosfera, porém, jamais tinha lido resenha dele.
    Sua resenha muito bem explicada me deixou com vontade de ler, pois mesmo tendo clichês, cenários de guerra me cativam.

    Beijos!
    Visite-nos: Irmãos Livreiros

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Daniel

      Eu também sou maluca por livros que abordam a guerra e mesmo sendo um romance, a autora fez a lição de casa quanto aos acontecimentos da II Guerra.

      Hug

      Excluir
  4. Márcia você me surpreendeu ao ler um livro assim. Gosto muito dessa autora e tenho loucura para ler Jardim de Inverno dela. Amei O lago Místico e dizem não ser o melhor livro dela... Não sabia que esse tinha como plano de fundo a segunda guerra, mais um livro que vou querer ler daqui para frente. Obrigada pela indicação e a ótima resenha, mostrou muito bem sobre do que se trata o livro. Beijos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oliveira, realmente é um livro que normalmente não leria mas como tem um fundo de guerra a Telma me passou ele pra resenhar por aqui e curti a experiência.

      Hug

      Excluir
  5. Marcinha....
    gostei demais da resenha.
    Acho que essa mistura de romance tendo como pano de fundo a Segunda Guerra não é exatamente o tipo de livro que você leria normalmente mas eu, sim... exceto pelo fato de parecer abusadamente triste.
    Gostei da resenha e fiquei curiosa pelo livro.

    PS.: Gostei dos quotes.

    muitos beijos

    =D7

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Telma, concerteza é um livro que lhe agradaria 😘

      Hug lindona

      Excluir
:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd

Vai ser muito bom saber o que você achou dessa postagem!
Opine!