França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes.
Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva.
Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país.
Editora
Arqueiro
Pags
432
Nunca
tinha lido um livro sobre a II Guerra que fosse romanceado, realmente
foi uma experiência nova para mim, então irei compartilhar com
vocês minha jornada com o livro O Rouxinol.
Começamos
a narrativa do livro em 1995 com uma mulher com câncer terminal e
claro, não sabemos de quem se trata.
Já
neste primeiro capítulo ficamos com a pulga atrás da orelha,
seria uma das irmãs? Ou algum outro parente? Elas conseguiram
sobreviver afinal?
Próximo
capítulo corta para a data de 1939 na França, onde irá se
desenrolar nossa história.
Somos
apresentados ao núcleo familiar que irá conduzir o enredo.
Um
pai que participou da I Guerra e mesmo voltando para casa sofre outra
grande perda e acaba por abandonar suas duas filhas , as entregando
aos cuidados de uma freira.
Estas
duas irmãs crescem longe uma da outra, perpetuando assim , o ciclo
de abandono e um afeto que nesta primeira parte nunca se torna muito
evidente em suas parcas relações familiares.
A
filha mais velha Vianne se casa muito jovem e tenta construí sua própria família, a irmã mais nova Isabelle continua como interna
numa dessas instituições católicas, da qual foi expulsa inúmeras
vezes, estando na terceira ou quarta escola.
Isabelle
é uma pessoa de gênio impulsivo e isso torna a convivência com ela
extremamente complicada, e esta característica pessoal será muito
útil nessa França tomada pelos alemães.
Finalmente
a Guerra chega à França e todos serão testados , vemos se a
família dessas mulheres conseguirão superar suas relações
tortuosas e oferecer ajuda mutua uma a outra neste tempos difíceis.
Não
gostaria de me adentrar muito no enredo para não estragar a
experiência de leitura de todos que me leem, mas espere um livro
com muita aventura e perigos, amores conquistados e outros
reconquistados, a força dessas mulheres que ficaram sozinhas enquanto seus maridos e parentes lutavam no front (mais ou menos rs, os franceses
são péssimos soldados, certamente são melhores pensadores).
A
autora traz à baila a importância dessas mulheres na resistência
francesa e como elas fizeram o impossível para que a França não
caísse totalmente de joelhos diante do inimigo.
Engraçado
que não vemos livros sobre a coragem dessas mulheres, e sinto que a
autora de Rouxinol tenta cobrir de certa forma este vazio na
literatura de guerra, mesmo sendo um romance, mas que reconhece e enobrece estas
mulheres que se arriscaram pelo amor ao seu país.
O
Rouxinol foi escrito com todos os dados que já conhecemos sobre a II
Guerra, isso torna o livro muito realístico, talvez um romance
histórico eu diria.
Mesmo o romance não sendo o plot central da trama, o que na minha opinião foi uma jogada muito inteligente da autora.
Mesmo o romance não sendo o plot central da trama, o que na minha opinião foi uma jogada muito inteligente da autora.
Apenas
uma coisa me irritou neste livro, e não foram os clichês (é
impossível fugir deles), mas as soluções fáceis para algumas
cenas, penso que tirou a fluidez e a credibilidade , mas não se
preocupem são detalhes muito pequenos que não tiram o brilho e o
valor do livro.
Alguns
Quotes
É enervante não poder confiar na própria visão. Talvez seja por isso que me pegue olhando para trás. O passado tem uma nitidez que já não vejo no presente
Os jovens de hoje querem saber tudo sobre todo mundo. Acham que falar a respeito vai resolver um problema. Eu venho de uma geração mais calada. Nós entendemos o valor do esquecimento, o fascínio da reinvenção
O pai que foi para a guerra não era o mesmo homem que tinha voltado. Ela tentou ser amada por ele; mais importante, tentou continuar amando aquele homem, mas no final, uma coisa era tão impossível quanto a outra
A tristeza e a dor eram drenadas a cada respiração, mas nunca expelidas. Não dava para desistir. Nem por um segundo
A TriStar irá produzir a adaptação cinematográfica desta obra, então possivelmente logo a veremos nos cinemas
PS.: Possíveis erros gramaticais ou ortográficos serão corrigidos em minha releitura
Parece uma boa obra mas também muito triste. Gostei por não parecer um livro tão voltada ao romance como Uma Luz Através da Janela, mas é triste pensar em todos os horrores que acontecem nesses tempos guerra como foi a França na II Guerra e como ainda é hoje em diversos países.
ResponderExcluirJade, achei muito bom a autora não ter como linha central um romance água com açúcar rs.
ExcluirHug
Que livro mais interessante! Esse deve fazer o leitor refletir. Infelizmente nos livros de História o que mais vemos sobre esse assunto são as partes das Guerras que todo mundo já ouviu falar ou leu. Então achei super bacana a autora romantizar o enredo e dar voz a esse lado da força das mulheres na história, certamente, é um ponto que me cativa muito.
ResponderExcluirOi Lavinia penso que a autora conseguiu um equilíbrio interessante entre romance e o relato de guerra.
ExcluirHug
Oi, Márcia!
ResponderExcluirJá vi este livro pela blogosfera, porém, jamais tinha lido resenha dele.
Sua resenha muito bem explicada me deixou com vontade de ler, pois mesmo tendo clichês, cenários de guerra me cativam.
Beijos!
Visite-nos: Irmãos Livreiros
Oi Daniel
ExcluirEu também sou maluca por livros que abordam a guerra e mesmo sendo um romance, a autora fez a lição de casa quanto aos acontecimentos da II Guerra.
Hug
Márcia você me surpreendeu ao ler um livro assim. Gosto muito dessa autora e tenho loucura para ler Jardim de Inverno dela. Amei O lago Místico e dizem não ser o melhor livro dela... Não sabia que esse tinha como plano de fundo a segunda guerra, mais um livro que vou querer ler daqui para frente. Obrigada pela indicação e a ótima resenha, mostrou muito bem sobre do que se trata o livro. Beijos.
ResponderExcluirOliveira, realmente é um livro que normalmente não leria mas como tem um fundo de guerra a Telma me passou ele pra resenhar por aqui e curti a experiência.
ExcluirHug
Marcinha....
ResponderExcluirgostei demais da resenha.
Acho que essa mistura de romance tendo como pano de fundo a Segunda Guerra não é exatamente o tipo de livro que você leria normalmente mas eu, sim... exceto pelo fato de parecer abusadamente triste.
Gostei da resenha e fiquei curiosa pelo livro.
PS.: Gostei dos quotes.
muitos beijos
=D7
Telma, concerteza é um livro que lhe agradaria 😘
ExcluirHug lindona