14 junho, 2017

Um homem de Sorte

“Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografia dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela.”“Era estranho pensar nas reviravoltas que a vida de um homem pode dar. Até ano atrás Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade de passar um fim de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada da cidade de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto. Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade.”
(...) Imaginava ter caminhado mais de 30 quilômetros por dia, embora não tivesse feito um registro formal do tempo e das distâncias percorridas. Esse não era o objetivo da viagem. Imaginava que algumas pessoas acreditavam que ele viajava para esquecer as lembranças do mundo que havia deixado para trás, o que dava à viagem uma conotação poética, prazer de caminhar.Estavam todos errados. Ele gostava de caminhar e tinha um destino para chegar.


Logan Thibault... 
Quando comecei a ler esse livro eu não sabia o que esperar desse nome, mas sabia o que esperar de Nicholas Sparks, e também sabia que não seria pouca coisa... E confesso que não foi!
Logan defendeu seu país no Iraque, teve sorte, viu vários de seus amigos partirem, mas talvez a sorte não estivesse ao seu lado por acaso.
Houve um tempo em que ninguém quis trabalhar ao seu lado pois diziam que se uma bomba estourasse próximos a eles qualquer um morreria, menos Thibault. Mas por quê?
Vitor, seu melhor amigo na guerra, sabia o porquê, mas Logan custou acreditar.
Afinal, por que a foto de uma mulher encontrada no meio da areia no Iraque seria tão importante para sua sobrevivência? E o mais importante, quem seria essa mulher misteriosa?
Logan não sabia, mas atravessou o país a pé, do Colorado até o Condado de Hampton (coisinha de 1600 milhas, mais ou menos, ou 2600 km se preferir), só para descobrir quem poderia ser a tal mulher da foto, e o que ele poderia fazer para compensá-la, afinal, ela cuidou dele por muito tempo, durante muitos confrontos.
A mulher da foto é Elizabeth, neta de Nana, mãe do Ben.
Nana é uma senhora muito esperta e que não vê barreiras na vida apesar de seus diversos natais; é proprietária de um canil, que além de abrigar cães também os adestram.
Quando Logan chega à cidade com seu companheiro de quatro patas, descobre que o canil de Nana precisa de um funcionário e vê ali a chance de compensar toda a proteção que Elizabeth proporcionou a ele.
Só que ele não imaginava que Beth seria uma pessoa tão encantadora, e que seu destino não era somente cuidar de “seus” cães, tinha muita coisa fora do lugar naquela cidadezinha.
Um romance morno, pra quem gosta de história, mas sem melação; uma história viva, cheia de emoção.
Cativo como sempre, Sparks conseguiu o final que eu queria, mas com o suspense que ele sempre tem! 




Daiani Cris Pedrobon

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