13 março, 2016

O Grito que Ninguém Ouviu


A maioria das pessoas, por mais diferentes que sejam, querem ter uma vida tranquila, realizar seus sonhos e, principalmente, ter o direito de escolher como viver, sem a interferência de acontecimentos dolorosos e violentos que batem à nossa porta todos os dias, seja através do noticiário da TV, seja nos cercando na esquina de uma rua qualquer. Este livro é um relato pessoal de Amanda Oliveira, uma jovem comum que, no auge de sua vida, experimentou a dor, o desespero e a solidão amarga que só quem vive conhece. Em questão de minutos, viu o seu belo mundo entrar em ruínas por conta da violência gratuita e de toda a negligência que sofreu. O intuito dessa história real não é oferecer ao leitor um manual de como superar adversidades ou traumas, tampouco uma receita de bolo para a felicidade; a vida é complexa demais e a reação de cada ser humano diante dos problemas é diferente. O objetivo, na verdade, é contar que é possível reconstruir a vida, mesmo quando tudo parece estar perdido, e inspirar cada pessoa a ser sempre o melhor que pode ser. No final, se abrirmos bem os olhos, poderemos aprender que perder é ganhar.
por Daiani

Amanda de Araújo conta neste livro sua história de vida e superação de forma detalhada e emocionante.

Ela morava na Zona Leste de São Paulo, estudava psicologia e estava prestes a iniciar um trabalho voluntário, quando uma trágica manhã de sábado muda todos os seus planos, todos os seus sonhos.

Amanda caminhava em direção ao ponto de ônibus próximo de sua residência, pensando em tudo o que faria naquele dia – seu primeiro dia como voluntária em um trabalho sobre pessoas em situação de rua – quando foi assaltada.

Não sei se foi o fato desse acontecimento ser comum demais ultimamente ou se foi o medo das pessoas, mas aconteceu que algumas pessoas viram tudo o que estava acontecendo e não fizeram nada; tudo bem não fazerem nada quando Amanda estava sendo assaltada (afinal ninguém é super-herói), mas o ser abominável que a assaltou também atirou nela sem razão, fugiu, e mesmo assim as pessoas que estavam próximas não fizeram nada, simplesmente se trancaram em suas casas e a deixaram no meio da rua, sozinha, lesionada, perdendo a VIDA!

Fiquei atônita por ninguém ligar pra polícia, ou para o SAMU, sei lá, nessas horas qualquer AJUDA é bem vinda, mas dessa vez ela não veio tão fácil.

Quando Amanda já estava caída pela via e quase inconsciente três pessoas decidiram ajudar e chamaram a Polícia Militar que a socorreu ao Pronto Socorro mais próximo e localizou sua família levando-os ao PS para ficarem juntos; nesse momento ela pensou que tudo estava se resolvendo, mas na verdade estava apenas começando.

A partir daí começam os problemas... E você aí pensando que não haveria problema maior do que ser assaltada e levar um tiro né?!
 “O maior sinal da nossa força é quando conseguimos admitir nossas fraquezas.”

Pois bem... Amanda passa por várias cirurgias ao longo do tempo, descobre que seu processo (do roubo) foi arquivado na Polícia Civil; briga para reabrir seu processo e quando consegue descobre que TODOS os dados foram alterados e é convencida a arquivá-lo novamente; inicia uma briga interna consigo mesma, uma hora ela não quer viver, outra hora quer conversar sobre o que aconteceu, depois quer se isolar.... é meio que uma depressão (sei lá kkkkkk não sou psicóloga, e confesso que sofri muito com as tristezas dela), só sei que seu humor varia o tempo todo no livro, mas também né gente, me ajuda aí... Nunca passei por isso – graças a Deus – mas deve ser uma barra muito pesada :/

“O Rodrigo dizia que antes do acidente eu era doce, gentil e adorava conversar com todos, mas que quando voltei de licença médica parecia outra pessoa. Era como se eu estivesse revoltada com tudo e todos, e ninguém conseguia estabelecer um diálogo comigo por muito tempo, pois estava arredia, agressiva e me isolava cada vez mais.”

Não vou contar o final porque senão fica sem graça, até porque eu já contei muuuuuuuuito, mas vou falar um pouquinho do livro...
Ele é bem curtinho, tem apenas 144 páginas e li facilmente pelo celular (PDF), além de ser muito bem dividido e ter uma escrita muito fácil. A leitura flui bem e por ser bem detalhado dá a sensação de estarmos do lado da escritora sofrendo com ela.
Eu gostei bastante da narrativa, da história, da capa...
Ah, a CAPA! Eu ameeeeeeeeeei a capa!!
Como eu disse acima, eu li o livro pelo celular e ele estava sem a capa, então depois de quase terminar o livro que eu pedi a capa para a autora e me surpreendi, é A CAPA, ela simplesmente diz TUDO! (e eu descobri que a autora é linda!!)

“O tempo não coloca as coisas no lugar, mas acalma a tempestade para que façamos isso.”

Gostaria de parabenizar publicamente Amanda pela garra, força, superação, e dizer que esse livro com certeza irá ajudar muitas pessoas que passaram por situações parecidas, e parabenizar também por ela não desistir, por VIVER!
Amanda, seu livro é 5 estrelas *-*

“Superação não é algo que planejamos fazer, mas sim algo que acontece todos os dias das nossas vidas, quando finalmente entendemos que perder é ganhar.”


Daiani Cris Pedrobon





Pois bem, vamos aproveitar o contato com nossa lindíssima autora e fazer algumas singelas perguntinhas?

1-      Se você pudesse fazer algo diferente, mudar alguma coisa que você fez depois desse acidente, o que você mudaria, o que faria diferente?
Resposta: Se eu pudesse mudaria minha postura com as pessoas. Perdi muitos amigos e afastei muitas pessoas queridas com a minha mudança.

2-      Alguma vez você pensou que se não tivesse enrolado mais um pouquinho na cama aquela manhã tudo poderia ter sido diferente, ou pensa que quando é pra acontecer vai acontecer de qualquer forma?
Resposta: Eu acredito que tudo está certo na vida, de alguma forma que desconhecemos. Tenho a certeza que mesmo enrolando mais na cama, eu não evitaria isso, de alguma outra forma aconteceria. Eu tinha que viver isso para ser quem sou.

3-      Se você pudesse dizer algo para a pessoa que cometeu o crime, o que você diria?
Resposta: Eu diria uma frase que amo, do Mahatma Gandhi: ...se eu pudesse te dar um presente te daria o dom de amar a vida dos seres humanos...

4-      Como você se sente em relação a sua experiência com a Polícia Militar? E com a Polícia Civil?
Resposta: Embora a polícia militar tenha me socorrido de maneira muito cuidadosa, tenho restrições em relação a eles e principalmente em relação à polícia civil, pois eles deveriam nos proteger, deveríamos poder contar com todos eles, mas muitos são muito corruptos e de índole duvidosa. Mesmo depois desse acidente, já presenciei momentos e tive outras necessidades onde a polícia não agiu como deveria então o meu sentimento em relação a eles ainda é de revolta e desprezo. Não confio na polícia, mesmo sabendo que nem todos são iguais.

5-      Se quiser deixar algum recadinho para os leitores do BLOG agora é sua hora ;)
Resposta: A vida nem sempre é como queremos, em sua maior parte ela não é nada fácil, mas aprendi que o que vai determinar o desfecho de cada obstáculo que encontramos, é a forma como escolhemos agir. Sei que não é simples como pode parecer, mas a nossa felicidade é nossa responsabilidade, e temos que assumir esse compromisso com nós mesmos, acima de qualquer coisa. A vida só vale a pena se fizermos ela valer a pena!
Espero que, de alguma forma, possam se inspirar com a minha história, pois esse é o maior objetivo do livro.


9 comentários:

  1. Eu não leio muito livros de histórias reais, mas pela resenha esse me pareceu interessante. Acho que é aqueles livros em que o leitor consegue sentir o que o personagem está sentindo e isso é muito bacana na leitura, mesmo que se trate de um sentimento triste. Eu fico feliz pela autora ter superado esse momento difícil da vida dela e compartilhado através de um livro. Eu no lugar dela, também ficaria mega revoltada com a incapacidade e falta de querer ajudar o próximo da polícia. O que mais me chamou atenção na resenha foi ler que as pessoas ao redor não fizeram nada para ajudá-la. Isso me deixou pasma! Quero ler o livro para saber da história toda.

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    1. Pois é Lavinia, me surpreendeu tbm o fato das pessoas não ajudarem Amanda..
      O livro tbm é bem legal pq ela não supera da noite para o dia, é um processo longo, e ela vai contando pra gente suas experiencias, suas dificuldades..
      beeem legal :D

      beijãao!

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  2. Coitada dessa personagem, que dramática a situação dela.
    Parece ser um livro que prende do início ao fim, gostei da trama. Ótima indicação Daiani, obrigada.

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    1. E prende amiiiiga,
      eu não gosto muito de ler em PDF, mas leio sem problemas, e esse eu comecei a ler e quando vi eu ja tava na página 50 :-O
      muito fácil de ler, delicia!

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  3. Nossa, a Amanda sofreu muito e o que mais dói é saber que é algo real, não só para ela mas para diversas pessoas. Parece que a cada dia vivemos de forma mais egoísta, sem ler já fiquei indignada com a falta de socorro imediato. Achei muito bonita a mensagem deixada por ela, as vezes reclamamos da nossa vida por coisas pequenas, é bonito ver pessoas que apesar de tUdo não desistiram e acharam formas de seguir em frente.
    Beijinhos

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    1. O livro demonstra que nao foi fácil seguir em frente, mas é muito bom!!

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  4. Não conheço nem o livro e nem a autora mas gostei muito do que li. Vida dramática e parece-me bem descrita no livro. Espero que eu tenha a oportunidade de vir a ler e comprovar por mim mesma a história emocionante da personagem.

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    1. O livro é novo, noviiiinho, por isso ainda não é muito conhecido, mas se Deus quiser será, pois poderá ajudar muitas pessoas.
      A escritora não é escritora literária, por isso também não conhecemos, mas escreve muito bem :D

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  5. Oi !
    Ainda não conhecia esse livro da Amanda, mas que historia realmente é muito triste quando vemos uma pessoa passar por algo assim deu para ver que a amanda teve que batalhar e ser bem forte uma verdadeira guerreira, mas para mim o pior é ninguém ter ido ajudar, fiquei curiosa para ler o livro da amanda e saber mais dessa historia !!

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd

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