David Adam foi vítima do transtorno obsessivo-compulsivo durante vinte anos e, como a maioria das pessoas que sofrem desse mal, levou muito tempo para assumir que precisava de tratamento. Com base em pesquisas e relatos surpreendentes, o autor questiona ideias preconcebidas sobre normalidade e doença mental para tentar compreender o TOC e suas manifestações.
O que leva uma jovem etíope a comer a parede da própria casa? Ou dois irmãos a morrerem soterrados por objetos e lixo acumulados por anos? Em que momento uma ideia inofensiva se transforma numa torrente de pensamentos indesejados?
Escrito com clareza, humor e lirismo, O homem que não conseguia parar é a história de um pesadelo pessoal e uma incursão pelos recantos mais obscuros da mente.
Um olhar íntimo sobre a força dos pensamentos invasivos e sobre como nosso cérebro pode se voltar contra nós.
Queridos,
Anos atrás, mais precisamente em 1997, Jach Nicholson ganhou um Oscar no filme "Melhor Impossível".
Você assistiu?
Realmente a história é engraçada, cheia de lições e com um bom final (vale a pena assistir). Nela, Nicholson retrata a vida de um homem consumido pelo TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), mas quem já teve essa doença em geral detesta o filme. O TOC não tem a beleza e ingenuidade colocados na telinha. Ele segrega, ele fere, ele causa danos, muita vezes irreparáveis e precisa ser conhecido e tratado.
Sabe aquela mania de verificar muitas vezes se realmente trancou a porta? Se desligou o gás? E aqueles pensamentos que invadem sua mente e ficam por lá, tomam conta do "terreno" e você não consegue mais expulsá-los, tais como: "Estou com esse bebê no colo aqui no segundo andar desse prédio mas, e se eu o soltasse agora"? Isso não reflete o que a pessoa realmente poderia fazer, mas são pensamentos intrusos que não deixam os portadores em paz.
Peguei esse trecho escrito por Nara Ribeiro, que explica muito bem os sintomas:
Você já se viu assombrado, atônito, dominado pelas sombras do seu próprio intelecto? Já teve pensamentos que reconhece serem descabidos, exagerados e até bizarros, mas que se sentaram diante de você e lá ficaram contemplando a sua face o dia inteiro de modo a não permitir que você os esquecesse? Para tentar se livrar desses pensamentos, você já criou rituais como conferir certo número de vezes se trancou a porta da sala, lavou as mãos repetidas vezes, bateu na parede toda vez que escutou determinada palavra porque, caso não o fizesse, cada um da sua família correria risco de morte? Você percebe que aqueles pensamentos são irracionais e inconvenientes, contudo, o quanto mais pensa que deve esquecer, mais se lembra de tudo deles?
Todos nós temos um pouquinho de TOC, mas quando ele começa a atrapalhar sua vida, tem que ser cuidado. o TOC não discrimina: ricos, pobres, intelectuais e pessoas com pouco estudo, enfim... todo mundo está sujeito e pesquisas revelam que cerca de 3% da população padece, silenciosamente, dessa doença.
David Adam, editor da revista científica 'Nature' é o autor e protagonista dessa história e nos conta sobre seu problema que começou após uma noite de sexo casual sem camisinha em 1990, quando ele tinha 18 anos e estudava engenharia química na Universidade de Leeds, no norte da Inglaterra. Um amigo sugeriu que ele tinha corrido o risco de pegar o vírus da Aids. Apesar de não acreditar, no momento, a ideia simplesmente se fixou na cabeça em sua cabeça.
O livro foi escrito por ele depois de sua melhora e para ajudar aqueles que sofrem desse mal, uma vez que os cientistas tem feitos grandes progressos no estudo e cura da doença. Adam toma remédios até hoje e faz Terapia Cognitivo Comportamental mas mantém a doença sob controle.
A Objetiva foi muito bem sucedida ao escolher publicar esse livro que, é escrito de forma didática e divertida (Adam tem ótimo senso de humor). O livro nos alerta que estacionar nesse lado escuro da alma, nesse lado obscuro da mente, pode modificar-nos para pior, mas que podemos tratar. Também alerta-nos a compreender os que possuem o problema e ajudar a tratar.
Dentre muitas coisas, o livro nos mostra que:
* Fobia não é TOC
* Os obsessivos-compulsivos se sentem responsáveis pelos pensamentos que têm, pelas consequências negativas de tais pensamentos sobre si mesmos e sobre outras pessoas.
* Usar medicamento numa determinada fase da doença, pode ser muito necessário, para depois entrar com a abordagem da terapia cognitivo comportamental.
* é muitas vezes impossível saber como começou e porque o TOC existe, mas acredita-se que seja uma somatória de fatores.
* em geral a pessoa recorda-se de um fato que parece ter sido o propulsor de TOC e acredita que sua vida mudou (e com a mudança, chega a ausência total de felicidade), mas esse provavelmente foi apenas o gatilho que liberou algo que já estava para eclodir.
Altamente recomendo esse livro!!!!
Para quem?
Para você, pra mim e pra todo mundo!
Vamos conhecer o que, sem conhecimento não se pode controlar!
Beijos, surtadinhos queridos.
PS.: Possíveis erros gramaticais e/ou ortográficos serão corrigidos por mim posteriormente, a resenha tá fresquinha, fresquinha!...rs*
Ai q livro top!!!!!! Quero lê-lo agr! Adoro historias sobre doenças assim, e essa capa linda ai? Quero ja!
ResponderExcluirWww.cidadedosleitores.blogspot.com
Esse livro é excelente, Gus.
Excluir:)
Telma!
ResponderExcluirFico feliz que o autor tenha escrito de forma mais didática o livro e ele poderá ajudar muitos que tem a doença, que por sinal deve ser impeditiva de várias formas.
Assisti Melhor Impossível tantas vezes que sei até algumas falar decoradas... Adoro o Jack Nicholson e ele está maravilhoso no papel...
“Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.”(Friedrich Nietzsche)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Sou apaixonada por Jack Nicholson também e esse filme, em especial, é muito fofo!
Excluirbeijocas, coisa querida.
;)
Que livro interessante! Pelo título eu não dei valor a ele! Mas agora lendo a resenha eu me interessei bastante. Pelo que entendi, todos nós temos um pouquinho de TOC, quando isto começa a atrapalhar nossa vida, devemos procurar ajuda sim!! E realmente, doença não escolhe classe social, cor ou raça!!
ResponderExcluirExato, Francisca!
ExcluirO livro é excelente. é o tipo de conhecimento que todos deveríamos ter, especialmente na época em que vivemos.
:)
Oi! TOC é um assunto bem delicado, as pessoas que sofrem dele tem a dificuldade de assumir que tem. Eu costumava a ter manias, minhas sandálias tinham que está bem alinhadas ao pé da cama e verificava muitas vezes antes de dormir, o mesmo acontecia com a porta e torneiras, sempre verificava se estavam bem fechadas, comecei a me incomodar com essas manias e percebi que estava indo longe demais, então parei. Infelizmente muitas pessoas não conseguem parar e se sentem infelizes quando as coisas não estão como elas querem ou quando sentem que não estão corretas mesmo estando. Não sei se eu estava desenvolvendo o TOC, mas senti o quanto me fez bem parar. Eu adoraria ler esse livro, é bom entender mais um pouco sobre esse assunto que pouco conhecemos.
ResponderExcluirTelma. Para começar, achei a capa bem simples, mas com um visual incrível dispersado por suas repetidas frases. Com o inicio da resenha pensei que o livro seria tratado com um to pesado. Mas, percebi os tons humorísticos ao decorrer da trama com um tema polêmico e difícil. Gostei bastante do livro!
ResponderExcluirOlá. Nunca li nada a respeito do assunto, apenas reportagens ou notícias esporádicas e achei bem interessante a publicação desse livro, pois trata de um assunto do qual muitas pessoas tem preconceitos, outras sofrem do transtorno, mas não o reconhecem e penso que a obra, principalmente por ser escrita do ponto de vista de alguém que sofreu e luta contra o TOC é muito válida.
ResponderExcluirSão poucos os livros que trazem como tema o TOC e muitas pessoas realmente sofrem caladas, eu tenho "momentos", durante um tempo realizo certo ritual e depois paro, mudo para outro, mas nada muito alarmante, imagino o quão difícil deve ser quem não consegue controlar, tem que fazer religiosamente todos os dias, durante determinado período, livros que abordem isso e ainda baseados em experiências são essenciais.
ResponderExcluirIrei procurar o meu e farei a leitura, tem tudo para além de interessante muito informativa.
P.S: Não sei se já indiquei esse livro e caso o tenha feito, peço desculpas por repetir, mas um que aborda na ficção TOC é No Escuro de Elizabeth Haynes, um suspense de tirar o fôlego, merece a leitura.