Bem-casados

Um grande amor vale anos de espera

Bem-Casados -, terceiro livro da série Quarteto de Noivas, é uma linda história sobre a doçura do amor. Quando terminar de lê-lo, você terá certeza de que os sonhos podem se realizar das formas mais inesperadas. Parker, Mac, Emma e Laurel, amigas de infância, ganham a vida realizando o sonho de inúmeros casais apaixonados. As quatro são proprietárias da Votos, uma empresa de organização de casamentos. Após ter trilhado um caminho muito duro para conseguir ser alguém na vida, Laurel McBane se tornou a criadora dos bolos e quitutes mais lindos e saborosos do estado. Ela preza sua independência acima de tudo e não aceita que ninguém interfira em suas decisões. Talvez por isso, apesar do sucesso profissional, ainda não tenha se entregado ao amor. Apaixonada desde sempre por Delaney Brown, irmão de Parker, ela nunca teve coragem de revelar seus sentimentos. Afinal, sabe que é como uma irmã para ele. Advogado da Votos, Del se sente responsável por cuidar não só dos assuntos burocráticos da empresa, mas também do bem-estar das quatro sócias. Porém, sua postura paternalista e superprotetora começa a gerar desentendimentos entre ele e Laurel. Mas essas diferenças de opinião também fazem ferver uma química que vinha cozinhando em fogo brando havia muito tempo, acendendo uma faísca que eles não sabem se conseguirão – ou se querem – conter. Agora Laurel e Del precisarão conciliar suas convicções e personalidades para que o orgulho não fale mais alto que a paixão.

 Quarteto de Noivas ~3

Nora Roberts

288 páginas

Arqueiro

Tenho gostado muito dessa série, e a cada livro temos a apresentação de uma das garotas do Quarteto das Noivas. Um romance leve, descontraído, com pitadas de sexo (nada picante), mostrando o desabrochar de uma amizade incrível – para mim mais do que um laço familiar, um apreço grandioso.

Logo de início como em todos os outros se conta a história da infância delas juntas até a ida e retorno da universidade. O diferencial foi que nesse, Laurel era a que não tinha condições nenhuma de realizar o seu grande desejo na vida, cursar o Instituto de Culinária, ao invés, iria ficar presa na cidade e não passar de uma simples garçonete.

O mais lindo foi ver o carinho imenso e desprendimento de uma pessoa pelos bens materiais ao financiar os estudos de Laurel. Não é por nada, mas esse livro me comoveu bastante nessa parte e durante o romance, porque para mim, não há uma demonstração maior de sentimentos do que acreditar na pessoa demonstrando com atitudes, deixando-a crescer e ser quem ela deseja, apoiando-a e amando-a. E depois ter a recompensa maior: o sentimento de quem você ajuda de volta em gratidão e gentilezas. Isso ocorre aqui e para mim, ficou fabuloso!

- É claro que vai. Vai me pagar se tornando alguém na vida. Agora isso depende de você.
- Mal posso esperar para começar.

Laurel faz seu curso de culinária no Instituto, vê o quanto seus amigos precisam dela de volta e retorna para ajuda-los a superar um grande trauma, ou pelo menos apoiá-los como pode.

A empresa das garotas esta a cada dia prosperando, ninguém pode reclamar quanto a isso, só que isso significa cada vez mais trabalho para elas e pouco tempo de descanso. E, um dia ao se levantar de noite, Laurel acaba sendo surpreendida com uma boa trombada na escadaria com o irmão da Parker, Delaney Brown.

A situação não poderia ficar pior, ela só de calcinha e uma camiseta, e os dois acabam emaranhados no chão, fazendo com que a atração que Laurel sente por ele fique ativa só por estar naquela situação. Esse sentimento é antigo e ela reprime desde sempre, primando pela amizade deles para o bem de todos, nunca excedendo as fronteiras proibidas do que um dia poderia se tornar real – só em seus sonhos, pois ela o tem como inacessível: rico, poderoso, generoso e muito galante, a composição que o faz ser de um mundo ao qual, mesmo depois de formada, não pertence a ela – assim pensa Laurel.

A estima de Laurel é evidenciada nesse livro, e vemos a mulher segura de si mesma, mais racional, se mostrar em uma mulher com baixa estima e que se reprime devido a um medo que para muitas seria infundado, mas para ela é real.

O romance é gradativo nesse livro, se trata de dois amigos, em que Delaney não sabe o que sente por ela, se ela é mais uma de suas meninas protegidas ou aquela pela qual seu coração espera a tanto tempo para se abrir. Ele, o tão famoso advogado, também muito racional, claro que não iria ter um relacionamento cheio de flores e encantos, tudo muito “frio” na verdade. A cada página via um relacionamento brando, amigo, racional, até Delaney ter de decidir o que sentia realmente por Laurel.

Como disse, gosto de atitudes, e creio que tanto relacionamentos amorosos como qualquer outro, são as atitudes – não as grandes, mas a arquitetura de pequenas atitudes que compõe a escultura do sentimento maior sentido no coração – que demonstram aquilo que realmente você sente pelos que estão ao seu redor. Pensa você conhecer uma pessoa a vida inteira e saber que há muito dela que não conhece? Os dois passam a ver isso e pesar se vale o risco da perda da amizade ou não, com um final perfeito.

Mas, a surpresa do livro é bem ai. A autora fecha o livro de uma forma tão linda, tão linda que fiquei meio abobada. Foi o desfecho mais lindo para mim de todos os anteriores, e devido a ele cheguei a equiparar ao primeiro livro, na verdade fico indecisa qual o melhor dos dois. No primeiro, o desenvolvimento do romance e nesse o final maravilhoso e a conclusão racional dada a tudo e ao mesmo tempo muito, muito sentimental!

A Editora Arqueiro sabe como trazer felicidade aos seus leitores, está de parabéns!

Agora só resta o último livro do Quarteto, que apesar de o próximo casal ser Parker e um novo personagem, Mal, que foi inserido aos poucos na série desde o último livro, que até nisso a autora consegue acrescentar sem causar grandes entradas, e supetões.

Agradeço a Editora por ter disponibilizado para o Livro Viajante no skoob, caso contrário não sei quando leria. Obrigada! 

- Fique quieta e escute. Você mudou o que havia entre nós. Deu o passo, e eu não o vi chegando. Não posso lamentar algo pelo qual sou extremamente grato. Não sei se você foi sempre a única – repetiu ele. – Mas sei que é a única agora, e será no mês que vem, no ano que vem. E será a única pelo resto da minha vida.