Sapphique - Na escura Incarceron, os prisioneiros contam as histórias de um homem lendário: Sapphique, o único detento capaz de escapar da terrível Prisão. Há centenas de lendas a seu respeito, mas será que alguma delas é real? Attia e Keiro acreditam que sim. Quando descobrem que um mágico maluco chamado Rix estaria com a luva perdida de Sapphique, eles resolvem roubá-la. Enquanto isso, no Reino, Finn já não acha tão fácil ser um Príncipe, e se vê às voltas com dúvidas a respeito de sua própria identidade. Quem somos nós? Podemos fazer tudo aquilo que os outros esperam de nós? Podemos escapar de nós mesmos? Viva os terrores da Ala do Gelo, um duelo, um baile de máscaras e a temível ira de uma Prisão determinada a abandonar seus detentos à infinita escuridão e à morte.
Incarceron - Livro 2
Catherine Fisher
360 páginas
Novo Século
Depois de terminar a
leitura de Incarceron fiquei extremamente ansiosa para saber como se encerraria
a duologia, e minha leitura de Sapphique foi tão ávida quanto no primeiro, o li
em uma tarde. Não conseguia parar de ler, são fatos intercalados e repletos de
ação do início ao fim, para ser sincera, se quer vi terminar o livro. Essa
autora sabe criar uma boa fantasia, mas para mim foi uma pena ela não ter dado
esclarecimento a muitas questões do mundo e da vida dos personagens, ela
finalizou o livro sem muitas explicações. Tirando isso, a leitura foi ótima.
Todos no interior de
Incarceron tem esperança nas lendas de Sapphique – o único que fugiu da prisão –
e quando jogou os dados com Incarceron (muitos dizem que ele jogou com a
prisão) e a prisão perdeu, ele fez uma luva com um poder que ninguém sabe qual
é, mas sabem ser relacionado com a prisão.
Attia e Keiro se unem
para pegar a luva, mas não é somente eles que a querem, Incarceron a deseja com
o intuito de fugir para o exterior, os Lobos de Aço a querem, e o Guardião
também. Esse desejo de Fuga foi Saphhique que encrustou nela ao fugir, e que ao
conversar com Claudia, esse sentimento aflorou mais. Então, nesse segundo
livro, temos uma prisão cruel tentando uma forma de fugir para o exterior, mas
se ela conseguir fugir, sua essência (digamos assim), toda a população dentro
dela morrerá e será que o Exterior vai sobreviver?
Aqueles que leram o primeiro livro vão
perceber que Incarceron é um mundo, uma prisão mundo, com reinos, vilas, e clãs,
onde nascem pessoas e morrem – mas é um ser também, com vontades, sentimentos
de raiva, rancor, ódio, desamor, ressentimento e desafeto.
Então, como no primeiro
livro, temos dois mundos distintos o Exterior - o Reino – e o Interior –
Incarceron, a prisão, que ninguém sabe onde fica, só o guardião.
O panorama fica assim: o
guardião perdido, Attia e Keiro dentro de Incarceron, Finn tendo de se lembrar quem
realmente é, com a ajuda de Claudia e do Sapiente Jared para poder tomar o
controle do Reino e deter a Rainha Sia que pretende colocar seu filho Caspar no
poder, os Lobos de Aço tentando matar todos os de Havaarna, a Rainha e seus descendentes
para acabar de vez com o Protocolo e a Era. Com tudo isso, Claudia fica muito
sobrecarregada, o pai sumiu/ou está morto, Finn em depressão total e egoísmo
bruto devido só pensar em si, os Lobos a pressionando, e para piorar a Rainha
envia Jared para longe dela, seu único apoio, justamente para desestabilizá-la
e cumprir seu plano, eliminá-la junto com Finn. Ela vai precisar de muita garra
para encontrar o pai, conseguir parar Incarceron de seu plano diabólico de
fugir para o exterior e dominar o Reino, parar os Lobos e fazer Finn reagir e
tomar uma postura condizente ou não.
O bom dessa autora é que
ela não faz de Claudia uma super personagem, na verdade, Claudia possui suas
fraquezas e começa a duvidar da veracidade de Finn e de como vai sair da
situação terrível que se encontra antes de serem mortos.
Nada fica bem, e só
lendo o livro para saber como tudo se desenvolve, a trama é envolvente, com
muita ação, muita intriga com o conjunto de revoltas e sentimentos que permeiam
durante a leitura. Amei a escrita da autora e o trabalho da editora. As capas
dessa duologia são lindas, mas gostei mais da de Incarceron, aquela chave ficou
bela na capa. A linguagem é muito fácil, a leitura segue fluida e isso a torna
rápida.
Em Incarceron não
gostei muito de Keiro, apesar de esperar mais dele, e nesse segundo livro ele
foi perfeito, tem seus erros, mas ele demonstrou ser o irmão de juramento de
Finn apesar de ninguém acreditar. Jared, uma das peças principais do livro me
deixou muitas perguntas e sua posição aqui deixou vários personagens
boquiabertos, eu já esperava algo assim, não sei como, mas esperava, só não
esperava ser como foi. Então, de certa forma foi uma surpresa.
Para mim só faltou a
explicação sobre a realidade ou falsidade da lenda que me deixou: se foi lenda,
de onde veio as visões, “as possessões”? Se foi realidade, como tudo ocorreu de
verdade? Faltou uma finalização com todas as explicações sendo expostas, pois todo
jogo de xadrez há um fim, uma pena a autora não ter explorado essa parte da
história, seria perfeito se ela tivesse amarrado todas as pontas soltas. Mas,
nem pela falta de informações finais o livro deixa a desejar, só me fez pensar
que foi algo proposital da autora (ou não, uma falha no enredo... talvez), pois
me fez perguntar qual dos planos existentes, Exterior e Interior era o real, ou
ambos eram na realidade planos de um jogo maior. Aposto nessa última teoria
minha.
Quando digo que a
finalização não foi com todas as explicações, é porque a história é um tanto
complexa, há várias realidades, e dois mundos distintos, mas há a finalização
da história, só não há todas as explicações conclusivas. Afinal, o xadrez
possui o tabuleiro, as peças e dois jogadores. Para quem ler o livro pense
nisso e vai entender meu raciocínio.
Naquele instante, ela soube que era minúscula diante do universo, e aquilo a apavorou. Aproximou-se de Rix, que apertou a sua mão, como se ele também tivesse sido afetado por aquela súbita vertigem.
Redemoinhos de vapor espiralavam quilômetros acima deles, como nuvens. O piso era feito de algum mineral duro, e as divisões eram enormes. À medida que o Guardião os conduzia adiante, seus passos soavam alto na superfície negra e lustrosa. Ela contou. Foram treze passos para alcançar o próximo quadrado branco. - Peças em tabuleiro de xadrez. – Keiro verbalizou os pensamentos de Attia. - Tanto no Exterior quanto interiormente – o Guardião murmurou, divertido.
Achei a proposta bem interessante, Cinthia!... não sei se leria, mas sua resenha está maravilhosa.
ResponderExcluirTô querendo saber se foi lenda ou possessão também!
beijocas
:)
Pois é Telma, fiquei sem saber e pior que não haverá resposta...
ExcluirOi, Cinthia! Não li a série ainda, e, talvez por isso, tive uma certa dificuldade em me ambientar lendo sua resenha. No entanto, deu para perceber que a história é bem desenvolvida, envolvente e cheia de ação. Uma pena a autora não ter revelado tudo e deixado essa dúvida para o leitor, né? Ficaria agoniada rs.
ResponderExcluirLarissa, foi uma pena realmente, teria sido muito bom que ela tivesse revelado tudo. Fiquei a pensar... não gosto quando autores fazem isso. É bom sempre definir bem um final.
ExcluirCinthia!
ResponderExcluirComo gosto de ficção, de livros que se dividem em clãs, vilas, reinos, etc...estou bem curiosa pela leitura do livro/série.
Sem contar que o título é bem sugestivo, além do enredo que me parece bem movimentado.
Adorei!
“A alegria evita mil males e prolonga a vida.”(William Shakespeare)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Participem do nosso Top Comentarista!
Rudy, essa duologia compensa ser lida. A criação da autora foi muito boa, uma pena a finalização ter sido como foi!
ExcluirEu adorei a resenha, me deixou com um ar de interesse no livro. Eu leria essa serie, com certeza. Um abraço!
ResponderExcluirWww.cidadedosleitores.blogspot.com
Se chegar a ler, venha nos dizer o que achou Gus, vou amar saber!
ExcluirOi! Essa série parece ser muito boa. Como assim? A prisão tem vida, além de ser um mundo, ela também é um ser. Acho que de uma sinopse como essa só poderia ter uma história fascinante. Compreendo como deve ser frustrante não ter respostas, acho que também ficaria louca para saber se a lenda é verdadeira ou não.
ResponderExcluirÉ, ela tem vida, é um mundo, um ser, uma prisão, monitora todos dentro e quer ter direitos fora também 0.0 para o espanto de todos do livro e de quem lê. Eu amei a criatividade da autora!
ExcluirOi, Cinthia. Não sabia que o livro fazia parte de uma duologia. Mesmo assim, lendo a sua resenha, pude perceber um ponto extremamente ruim para mim, o final sem final. Sapphique foi um livro que não entrou para minha lista de desejados.
ResponderExcluir