Desindicação
Por Marcia Cogitare
Patricia Cornwell
Editora Paralela
376 Pgs
Patricia
Cornwell é autoridade em livros de investigação forense. O décimo
oitavo livro da série de Kay Scarpetta revela um passado secreto que
volta para assombrar a protagonista. O ritmo alucinante de traição
e tecnologia está presente nesta nova aventura. Conhecemos o início
de sua carreira, quando Kay Scarpetta aceitou uma bolsa da Força
Aérea para pagar pelos estudos na universidade. Agora, mais de vinte
anos mais tarde, suas conexões militares secretas a trazem de volta
para a base aérea Dover, onde esteve em um programa de treinamento.
Como chefe do novo Centro Forense de Cambridge, em Massachusetts,
Scarpetta enfrenta um caso que pode destruir sua
reputação
e tudo aquilo que lutou para conquistar pessoal e profissionalmente
Necrotério é o livro da série Scarpetta de número 18.
Há muitos anos atrás li o 1° volume da série – Post Mortem, e me lembro que não gostei, só não lembro exatamente o motivo.
Se vocês que me leem neste momento ouviram nosso podcast link aqui, a Telma ao final de nossa conversa, perguntou que livros estávamos lendo no momento, e eu citei este. Disse também se o livro não fosse bom, poderia vir aqui e fazer a resenha sem problemas.
Tenho uma regra que sigo frequentemente quando estou iniciando uma leitura, dou 50 páginas para o escritor me convencer que merece minha atenção, isso para livros mais tranquilos e que não exigem muita elaboração de quem o lê.
E para um livro do gênero policial, acredito que está de bom tamanho, este total de páginas.
Cá estou, com o coração abatido e frustrado, mas não abandonei o livro, o que normalmente seria minha atitude (talvez por ser o gênero ser um dos meus preferidos, acabei insistindo mais que o normal).
Bem, antes do chorume, gostaria de reconhecer que a autora entende mesmo de cenas e realidades forenses e médicas, isso é muito claro durante toda a narrativa.
Mas talvez por isso mesmo, ela acabe se sentindo muito segura quanto aos seus conhecimentos forenses e acabe por cometer muitos excessos no enredo, trazendo confusão ao desenrolar da história.
Este livro me fez cansar antes mesmo da página 100, a história se arrasta dentro do necrotério (90% do plot se passa aqui), onde o mistério que a autora tenta criar vira tédio e claustrofobia.
Outra coisa que me irritou profundamente, foi a falta de diálogos com os personagens que eram apenas citados num passado “remoto”, mas que tinham grande importância para a narrativa, tais como o sub de Scarpetta, Fielding e seu mentor Briggs, que dá o ar da graça, apenas nos momentos finais do livro.
Não consegui comprar em nenhum momento a história, pra mim a autora exagerou nos vários temas escolhidos (tecnologia, terrorismo, ciência, regimento militar, apartheid...) para compor a drama, e isso atravancou a fluidez do texto e sua clareza.
Fora as enormes descrições de tudo o que você possa imaginar, e as nomeações de toda a linha de produtos da Apple (será que tem o patrocínio dessa empresa).
Enfim, é um livro que soou pra mim muito plástico, artificial, pessoalmente não recomendo, mas se você quiser conferir, fica por tua conta.
Trilha sonora – In my place - Coldplay
Cá estou, com o coração abatido e frustrado, mas não abandonei o livro, o que normalmente seria minha atitude (talvez por ser o gênero ser um dos meus preferidos, acabei insistindo mais que o normal).
Bem, antes do chorume, gostaria de reconhecer que a autora entende mesmo de cenas e realidades forenses e médicas, isso é muito claro durante toda a narrativa.
Mas talvez por isso mesmo, ela acabe se sentindo muito segura quanto aos seus conhecimentos forenses e acabe por cometer muitos excessos no enredo, trazendo confusão ao desenrolar da história.
Este livro me fez cansar antes mesmo da página 100, a história se arrasta dentro do necrotério (90% do plot se passa aqui), onde o mistério que a autora tenta criar vira tédio e claustrofobia.
Outra coisa que me irritou profundamente, foi a falta de diálogos com os personagens que eram apenas citados num passado “remoto”, mas que tinham grande importância para a narrativa, tais como o sub de Scarpetta, Fielding e seu mentor Briggs, que dá o ar da graça, apenas nos momentos finais do livro.
Não consegui comprar em nenhum momento a história, pra mim a autora exagerou nos vários temas escolhidos (tecnologia, terrorismo, ciência, regimento militar, apartheid...) para compor a drama, e isso atravancou a fluidez do texto e sua clareza.
Fora as enormes descrições de tudo o que você possa imaginar, e as nomeações de toda a linha de produtos da Apple (será que tem o patrocínio dessa empresa).
Enfim, é um livro que soou pra mim muito plástico, artificial, pessoalmente não recomendo, mas se você quiser conferir, fica por tua conta.
Trilha sonora – In my place - Coldplay
Que pena Marcia! Mas, pelo jeito é cansativo mesmo, difícil ler um livro em que se cita diálogos e não os expressa, tenebroso algo assim!
ResponderExcluirFoi péssimo Cinthia, uma leitura enfadonha.
ExcluirFuja desse livro.
Hug
Eu achei a capa legal , mas não gosto de livros cansativos :l
ResponderExcluirIngrid, vc conseguiu achar algo positivo neste livro,rs
Excluir:D Hug
Sério que 90% do livro se passa no necrotério? Altamente broxante isso. A sua descrição me lembrou exatamente um outro livro que li alguns anos atrás, Atlantis do David Gibbins, esse livro também é cheio de descrições de equipamentos, tem uma linguagem confusa e diálogos pessimamente estruturados - li apenas esse livro do autor, mas só isso foi o suficiente para me manter longe dele, para nunca mais... enfim, agora com sua resenha parece que outra autora entrou para minha lista negra... ^^
ResponderExcluirPríscila, livros caem mto no gosto pessoal, mas antes de colocar a autora na sua lista negra, leia e tire suas próprias conclusões.
ExcluirMas sou como vc, se um autor não cai no meu gosto, acabo por evitá-lo, e raramente o lerei novamente.
E broxante foi pouco para este título, aff 7:P
Hug :D
Que chato ler um liro e se decepcionar neh, eu sei bem como é isso, criei até trauma da autora
ResponderExcluir⋙ Um beijo, te espero no blog
♥ blog Livros com café ♥
Oi Pepi
ExcluirÉ chato mesmo esta experiência, mas faz parte.
Qual livro dela vc também não curtiu?
Hug
Marcinha;,
ResponderExcluireu escrevi aqui e não sei porque raios não apareceu!
Eu AMEI essa resenha, por vários motivos.
1º porque esse livro foi rapidamente retirado dos meus desejados
2º por causa do seu bom humor... ri ao ler
3º acho mesmo que a gente deve indicar de desindicar. Por que não?
Amei essa resenha, Marcinha!
Necrotério está OUT!
Olha ae, o Surtos Literários também ajuda a economizar seu rico dinheirinho, não gastando com livros ruins.
ExcluirSe quiser te mando o epub pra vc conferir a ruindade,rs
Desindicação é necessário, afinal fazemos isso nas conversas sobre livros não.
Obrigada pela confiança :D
Beijocas lindona
Hug
Márcia!
ResponderExcluirTriste ver uma autora renomada no campo policial escrever um livro no estilo e ser tão cansativo...Fiquei triste!
Li outros livros dela sem ser dessa série e gostei demais justamente pelo conhecimento que ela tem das técnicas forenses e me chamou atenção.
Uma pena mesmo o livro não ter 'dado liga' à sua leitura.
cheirinhos
Rudy
Só li 1 livro da autora (Lavoura de Corpos) e gostei. Acho que o fato de a história se passar quase que exclusivamente no necrotério poderia ser relevado ou até bem utilizado, mas o restante dos problemas que você citou são difíceis de ignorar (propaganda por todo lado, um milhão de temas ao mesmo tempo). Quero ler outros livros dela, mas provavelmente os do começo da série.
ResponderExcluirbeijo!
Michelle, este livro me frustou demais, mas faz parte da vida de leitor.
ExcluirE não li Lavoura de Corpos ainda.
Crio ranço quando um autor me deixa broxada, vou esperar e quem sabe , volto a dar uma nova chance para a autora.
Hug :D