por Cinthia
208 páginas
Samuel Medina
Editora
Multifoco
Bildan é um jovem que perdeu seus pais ainda na infância, tendo crescido sem saber muita coisa sobre suas origens. Porém, tudo muda quando ele encontra uma misteriosa garota e um livro mágico, com uma mensagem secreta. Assim, o rapaz deverá atravessar uma terra repleta de magia e perigos, numa jornada desafiadora, rumo a grandes revelações sobre seu passado e sobre o sentido de sua existência.
Outro livro que conheci através do Livro
Viajante, e gostei o suficiente para querer ler a continuação, que acredito
haver, porque o desfecho prepara o leitor para o que vem logo em seguida. Só
espero que o “em seguida” não demore tanto. Sei pouco do livro para
informar, infelizmente.
Bildan ao se atrasar para o almoço por
procurar um anhangá tem um pressentimento de algo ruim que vai acontecer. Não
dá muita atenção ao pressentimento e ao retornar para casa se depara com uma
cena que não esperava jamais: sua mãe morta e seu pai mortalmente ferido.
Fugindo daquele que fez aquilo com sua
família, apenas leva consigo o Medalhão e a Adaga que o pai lhe dera. São duas
peças que vão dar indícios de sua origem não revelada pelos pais.
Não é spoiler, isso ocorre no início do
livro. Bildan com apenas 7 anos fica órfão e passa a trabalhar como pastor de
ovelhas para um velho senhor. A diferença nesse garotinho é que ele possui a
habilidade de conversar com os animais e de rastreio fora do comum, até mesmo
entre os melhores rastreadores, mas para ele isso era algo normal até se
deparar com Sheril – uma Arqueira Sagrada.
O desenvolvimento foi paulatino já que
acompanhamos a evolução do personagem dos 7 anos de idade até aos 15 anos de
idade. A escrita do autor é leve e fluída, proporciona uma leitura rápida de um
dia. Um livro para se ler em um domingo, uma boa diversão.
Achei muito interessante o autor
trabalhar em cima do folclore brasileiro, uma grande distinção até o momento em
minhas leituras. Temos os animais do vazio, os espíritos maus, a mula sem
cabeça, saci, cucas e outro seres diversos que caminham juntos com os humanos
em um reino mágico, em que árvores são seres que se movem para proteção junto
com os homens escolhidos pelo Sábio para protegerem a terra de Gorgódia. Mas,
nenhum desses seres são exteriorizados de forma infantil. São seres que caçam
humanos e os protetores dos humanos.
Os personagens em destaque nele são os
Arqueiros Sagrados com seus poderes, agilidade e sabedoria que possuem o papel
de proteger a floresta e o reino – seu rei. Amei a parte de alguns deles
possuírem animais que os ajudam, como a jaguatirica. Ficou linda essa parte e
muito interessante essa utilização dos animais da fauna brasileira. Algo que
amei!
Para aqueles que amam uma heroína com
personalidade forte, sempre disposta a enfrentar tudo, que seja muito sagaz e
também pronta para ajudar no momento certo, temos tudo isso presente em Sheril,
a Arqueira Sagrada.
Não posso escrever muito sobre os personagens,
já que eles são apresentados paulatinamente no decorrer do desenvolvimento. Assim,
contaria muito da história, e o livro é pequeno, o autor foi bastante direto. Do
início ao fim temos ação, de forma nenhuma é uma leitura enfadonha com grandes
explicações, mas detalha de forma convincente a riqueza do mundo construído. Senti
falta de mais explicações sobre os Arqueiros Sagrados, sobre a missão e o Livro,
e ao ler a última linha já desejava o próximo para saber mais do que vai
ocorrer com todos os personagens.
Infelizmente há muitos erros gráficos e
de gramática no livro, não atrapalham a leitura, mas me deixou desconfortável, foi
um dos motivos que me fez diminuir a pontuação, e me fez ficar indecisa se dava
3 ou 4 estrelas. O outro motivo foi não ter um pouco mais de detalhes no
desenvolvimento da missão e tudo terminar muito em aberto. A capa condiz com o
livro, é simples, mostra a floresta, a escuridão e a luz. Há a solução do
problema proposto, parte da missão proposta se finda, mas mostra que a guerra está longe de
ser vencida, e que só iniciou.
Gostei da leitura, o autor soube
explorar o folclore brasileiro bem como a fauna e flora, com bons personagens
que vou amar conhecer mais, e espero que no próximo tenha maior
desenvolvimento, pois quero saber o motivo do muito não
explicado nesse primeiro livro.
... Há um ditado entre os Arqueiros. Um ditado muito antigo, que é repetido sempre que um jovem recebe o grau de arqueiro, para que nós nunca nos esqueçamos. O ditado é: Entardis Palanat. Significa: Todo caminho é solitário. Apenas você pode dizer se a sua jornada chegou ao fim, da mesma forma que só você pode trilhá-la...
ah.... em meus sonhos, sou uma arqueira!
ResponderExcluirbacana demais esse projeto "Livro Viajante", né? nunca havia ouvido falar desse livro e pela sua resenha me pareceu tão interessante, Cinthia!
entendo que se sinta desconfortável com erros ortográficos e gramaticais... eu tento passar por cima deles mas me distraem e acabo me pegando a pensar: "isso é um absurdo"!...rs Independente ou não, livros não deveriam conter erros deste tipo. Felizmente a história valeu a pena, né?
;)
A história é muito boa Telma. Os erros não apagaram a história, de forma alguma. A ideia do autor é muito boa, e tudo foi muito bem construído.
ExcluirRealmente você parece com uma arqueira. Gostei de sua observação!
O triste é que os pobres autores muitas vezes pagam tão caro aos revisores e ainda acabam passando por isso né? Acho que livro com erro gramatical é um absurdo. :'(
ExcluirOlá
ResponderExcluirTambém acho tão chato quando vejo muitos erros num livro :/ até uns três ainda passam, mas já peguei livros que chegava a estressar a quantidade de erro bobo! Sobre o livro parece realmente muito interessante o assunto de folclore brasileiro, como eu adoro conhecer novos estilos e nunca li algo do tipo, acho que vou dar uma chance.
Sim, ruim. Mas, a história é muito boa, compensa ser lido e o autor disse que para a segunda edição que vai ser lançada, o livro vai ser revisado e isso será consertado, então quem ler vai se deparar com uma ótima aventura com muita ação.
ExcluirQuando li a sinopse gostei. Mas esse lance de personagens folclóricos me desanimou bastante. Acho que o autor tem que ser muito bom em juntar os dois tipos de personagens, porque não acho que tenha a ver arqueiros e personagens folclóricos.
ResponderExcluirE o que dizer dos erros? Aff! Eu não gosto. Não mesmo! Parece descaso, porque só se vê mais erros nos livros poucos conhecidos. Ganhei um livro esses dias, de um autor pouco conhecido e uma editora não muito falada, e fiquei chateada. As paginas do livro estavam todas grudadas, daí nem mexi muito ainda, mas provavelmente quando eu for ler e tentar desgrudar as paginas, vai rasgar.
Fazer o que...
Mesmo assim, boa resenha! =)
Não deveria desanimar por isso. Os personagens folclóricos inseridos são seres do vazio, não do bem. Não foram unidos em si e tudo foi uma mistura desenfreada, muito pelo contrário, quando fui ler e li vi que teria algo do folclore brasileiro, também tive esse sua impressão. Mas, o trabalho do autor foi muito bom. Não pude escrever muito na resenha, seria spoiler, então, os arqueiros são estilo mágicos intrépidos e exímios lutadores, guerreiros mágicos que protegem o reino e rei contra as forças do vazio tendo o Sábio como seu guia. A junção dos arqueiros com o folclore brasileiro ficou perfeito, só lendo o livro para entender. Até os arqueiros, sua constituição vem também do folclore brasileiro, não são arqueiros como vemos em Robin Hood ou livros de fantasia em que só tem arcos e atiram muito bem. Eles são humanos mas diferente do que já vi em livros. Foi muito boa a ideia do autor, muito rica a construção dos personagens. Ele não é qualquer autor, o livro seguiu viagem, mas o autor já tem títulos em outros livros, errei em não ter colocado quando estava com o livro em mãos.
ExcluirE, os erros, ele me disse que vai revisar o livro para a segunda edição e mudar isso, então quem ler o livro dele vai se deparar com uma ótima história sem erros nas próximas edições. E espero muito pelo segundo livro, quero saber mais sobre os personagens.
Cinthia eu AMEI a resenha, quero muiiiito ler esse livro, quero mesmo, vou até entrar na fila do LV ,na verdade quero mesmo é conhecer mais sobre a Sheril, adoro livros desse gêneros, com grandes guerreiros e aventuras :)
ResponderExcluirEntre Isa, vai ser ótimo ter alguém mais conhecido que o leu. Sheril e os arqueiros em si me deixaram bastante curiosa, quero muito o livro 2 para saber mais sobre eles... você vai ver.
ExcluirCinthia!
ResponderExcluirUm livro de fantasia/ficção que desenvolve o tema da nossa flora e fauna é um primor.
Infelizmente nossas 'lendas' tem se perdido por não serem perpetuadas.
Nossa! Livro com muitos erros sejam ortográficos, de edição que chegam a incomodar é o ó...mas, só pelo enredo já fiquei daqui fantasiando uma boa leitura.
cheirinhos
Rudy
Rudynalva, é um livro que compensa ser lido, o que o autor inseriu das crenças regionais com coesão mostra como pode ter livros com nossa cultura e ser chamativo aos olhos do leitor, gostei muito da história, e estou louca para ler o livro 2.
ExcluirBem diferente a premissa da obra e essa coisa de envolver o folclore aqui do país. Acho um tanto quanto detalhista da parte dele. E valorizar nossa cultura é um ótimo passo, afinal, muitos procuram lá fora para escrever.
ResponderExcluirFiquei interessada pela obra, sem dúvida.
M&N | Desbravadores de Livros
Você disse tudo, gostei de sua observação. Também vai sair uma nova versão sem erros, o que vai ser ótimo. É um livro a ser lido, muito interessante, a criatividade do autor é excepcional, compensa ser lido.
ExcluirEu não conhecia o livro e ele me parece ser bem legal, eu gosto muito da iniciativa de livro viajante, já tô fazendo parte de um monte, tanto no blogger quanto no skoob. beijooo
ResponderExcluirAdoro a proposta dos livros viajantes do skoob, quando vi pela primeira vez fiquei encantada e saí entrando em tudo quanto era livro viajante, mas daí parei poque pra mim começou a sair meio caro :/
ResponderExcluirMas voltando ao livro, achei muito inteligente da parte do autor fazer uso da nossa fauna e flora no livro, foi um belo toque, na minha opinião.
Oi, Cinthia! Fiquei muito emocionado com sua resenha. Seus comentários são um forte incentivo para que continue a escrita. Que legal que você achou a cena da jaguatirica bonita. Eu tenho um carinho especial por Avan e Iquiri, tanto que eu quero muito que eles voltem em histórias futuras.
ResponderExcluirUm enorme abraço! ^_^
Samuel