Prophecy - Vol.1 - Tesuya Tsutsui

 Resenha por Marcia Cogitare

Gosto muito da cultura japonesa, e sei que os mangás são adorados na terra do sol nascente, vi uma estatística certa vez (não me lembro onde) que metade do papel produzido no Japão, se transforma em mangás, muito louco isso.

Por lá não existe o preconceito de “gibi” ser coisa para crianças, todos, independente da classe social, leem algum mangá, já se tornou um hábito cultural.

Prophecy - é o título na verdade da edição francesa, acredito que a Editora JBC optou por permanecer com este título, por conta das vendas absurdas no país do croissant. O título em japonês é Yokokuhan, que segundo o google significa - Notas de crime.

Este mangá traz um enredo policial frenético (eu ainda tô maluca com a leitura), na verdade se inicia com a busca e apreensão dos computadores, consoles e flash card fodástico de um nerd gorducho que pirateava games (rooms) e disponibilizava num blog para download (não façam isso crianças,rs).

A subdelegada chega apavorando o coitado do gordinho, humilhando mesmo (os mangás tem muitas gotas de suor, lágrimas e nariz escorrendo, tudo muito dramático,rs), no fim das contas ele não vai preso, por ser menor, mas seus papaizinhos (morri de dó) terão que pagar o prejuízo das empresas de games, nada menos que 45 bilhões de ienes (não faço ideia de quanto seria isso em reais, mas me parece uma caralhada de dinheiro). Saiu caro essa brincanagem hein.

Então surge mais um caso para a polícia, mas este vai dar trabalho e muito. Um cara que se chama jornal (isso porque ele usa um jornal na cabeça) uma espécie de profeta cibernético, aparece nas mídias sociais anunciando seus crimes.

Ele fala exatamente o nome de sua vítima, o dia que acontecerá o crime e a razão daquela punição, isso num vídeo do youtube, onde ele ganha notoriedade e divide a opinião pública, quantos seus atos de violência.

Lendo este volume, não saberia dizer se este cara é uma espécie de Dexter japonês (versão light) ou um V de Vingança, um anarquista.

De início não fica claro o motivo de tais ações, mas ao final do primeiro volume as coisas começam a ganhar algum contorno, e vislumbrar suas reais motivações.

Só sei que a pobre da polícia de Tókio tá tomando uns olés medonhos do nosso cabeça de jornal.

Não posso falar muito sobre a história, porque a graça, é justamente acompanhar o jogo de gato e rato entre a polícia e o jornal.

Capa da Edição Japonesa

Indico fortemente este mangá para leitores acostumados com livros policiais e aqueles aficionados por tecnologia ou simplesmente aqueles que gostam de uma história divertida e excitante.

O bacana que este mangá tem apenas 3 volumes, minha paciência e meu bolso agradecem (quem lê mangá sabe que o mais comum é ter um zilhão de volumes).

Então corre pra banca de jornal, que o volume 1 ainda está a venda.

Lembrando que este mangá tem a indicação impressa na capa de +16 anos, devido à violência e cenas de sexo.

A trilha sonora da vez, ofereço a polícia de Tóquio – Hey ya – Outkast