Um
conto de três páginas que fala sobre matar baratas mas que não é
sobre baratas.
Clarice
me pareceu se divertir escrevendo este pequeno conto.
Ela
resolve contar “a mesma história” ou seria mais correto dizer, o
mesmo plot mas com adições e pequenas variações de três histórias num conto único.
Barata
é uma coisa primitiva e Clarice usa o inseto como um espelho de
sentimentos e atitudes que trazem o primitivismo numa mulher que
mora num prédio e que simplesmente se queixou de baratas e que resolve experimentar uma receita de uma senhora para o extermínio das baratas.
Sou a primeira testemunha do alvorecer em Pompeia. Sei como foi esta última noite, sei da orgia no escuro. Em algumas o gesso terá endurecido tão lentamente como num processo vital, e elas, com movimentos cada vez mais penosos, terão sofregamente intensificado as alegrias da noite, tentando fugir de dentro de si mesmas. Até que de pedra se tornam, em espanto de inocência, e com tal, tal olhar de censura magoada
Eu
particularmente gosto muito quando o autor escreve de forma espelhada
(Coetzee fez muito isso em seu livro Desonra).
Aqui
a forma petrificada do interior da barata é usada para ilustrar o interior dessa
personagem.
Sutileza é tudo. Leia e desvende as possíveis camadas deste conto. Acredito que o grande trunfo seja o leitor tentar pescar sobre o que afinal versa este conto.
Fica ai o desafio para quem não tem medo de barata rs
Sutileza é tudo. Leia e desvende as possíveis camadas deste conto. Acredito que o grande trunfo seja o leitor tentar pescar sobre o que afinal versa este conto.
Fica ai o desafio para quem não tem medo de barata rs
E todas as madrugadas me conduziria sonâmbula até o pavilhão? no vício de ir ao encontro das estátuas que minha noite suada erguia. Estremeci de mau prazer à visão daquela vida dupla de feiticeira. E estremeci também ao aviso do gesso que seca: o vício de viver que rebentaria meu molde interno. Áspero instante de escolha entre dois caminhos que, pensava eu, se dizem adeus, e certa de que qualquer escolha seria a do sacrifício: eu ou minha alma
Leiam
minha amiga Silvia, ela comenta sobre este conto em seu blog
Reflexões de Silvia
Só
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Este conto faz parte do livro – A Legião Estrangeira
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