Conto hilário, sobre uma galinha que
num momento de atrevimento, resolve tentar um destino diferente das de
suas companheiras, a panela.
Clarice também entendia de galinha veja
bem. Aqui ela descreve a fuga dessa penosa que percebe que sua vida e
estaria em risco naquela manhã de domingo. Afinal, ela era somente uma galinha
como as outras e nada que a diferenciasse foi visto até aquele
instante.
Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante num beiral de telhado e enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre
De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar, sem nenhum auxílio de sua raça
Mas a natureza também prega suas peças,
e nesta manhã comum, onde se dava os preparativos para o almoço
desta família.
A galinha sem nome num “gesto”
involuntário, se vê livre para uma vida mais longa dentro de sua
possibilidades de galinha.
Lendo este texto engraçadíssimo e
tenso, você sem dúvida torce para a galinha e não para esta
família faminta rs.
Mas quando todos estavam quietos na casa e pareciam tê-la esquecido, enchia-se de uma pequena coragem, resquícios da grande fuga – e circulava pelo ladrilho, o corpo avançando atrás da cabeça, pausado como num campo, embora a pequena cabeça a traísse: mexendo-se rápida e vibrátil, com o velho susto de sua espécie já mecanizado
Clarice consegue tornar esse bicho quase
num humano, com sua intuição e atitudes “controladoras” em
meio ao desespero.
Depois deste texto , ficará difícil
encara-las num bom prato de macarrão aos domingos com a família.
Leiam também no Blog Reflexões e
Angústias de minha amiga Silvia, os comentários sobre este conto
*Este conto faz parte do livro - Laços de Família
Olá, Marcia!
ResponderExcluirQuase dá vontade de colocar o conto inteiro no blog... de tão curtinho...
Mas achei um conto bonitinho e engraçado mesmo.
Ele me lembrou muito do livro "A vida íntima de Laura" que li na minha infância (acho que foi minha primeira leitura da Clarice Lispector).
Beijo!
Silvia, não me lembrei deste livro infantil, talvez porque eu nunca o tenha lido.
ExcluirClarice gostava mesmo de galinhas né rs
Hug
Oi Márcia, nossa, só lembrei daquele desenho Fuga das Galinhas e da Ginger. Com certeza parece um conto super divertido, fiquei com muita vontade de lê-lo. Beijos
ResponderExcluirJade, é impossível não se lembrar desta animação lendo este conto rs.
ExcluirHug :D
oi Marcia!!! Sdds.Estou de volta. Adorei o conto. Como não gostar de Clarice neh? Hug.
ExcluirPs: toh postando no lugar certo?
Faz muito tempo que não entro e toh estranhando as postagens e a pagina em si com as letras apagadinhas... Ateh pensei que estava off... será que eh esse o caso?
ResponderExcluirOi Sabrina, que bom que voltou :D
ResponderExcluire Clarice é tudo de bom.
Sobre o layout do blog, a Telma está testando alguns formatos, logo mudará essas letrinhas apagadinhas rs.
Hug