Incarceron

Incarceron - Imagine uma prisão tão grande e tão vasta, a ponto de conter corredores e florestas, cidades e mares. Imagine um prisioneiro sem memória, que acredita firmemente ter nascido no Exterior, mesmo que a prisão esteja selada há séculos e que apenas um homem, em cuja história se misturam realidade e lenda, tenha dela conseguido escapar.
Agora, imagine uma garota vivendo em um palácio do século XVII movido por computadores, onde o tempo parece ter sido esquecido. Filha do Guardião, está condenada a aceitar um casamento arranjado, cujos segredos a aprisionam em uma rede de conspirações e assassinatos, da qual ela deseja desesperadamente fugir.
Um está dentro. A outra, fora.
Entretanto, os dois estão aprisionados.
Conseguirão enfim se encontrar?
Parte fantasia, parte distopia, Incarceron reserva ao leitor a emocionante aventura de Finn e Claudia, dois jovens que desejam, a qualquer custo, destruir a barreira que os separa da liberdade.

Duologia – Livro 1

Catherine Fisher

352 páginas

Novo Conceito

Esse é mais um livro que tive o prazer de ler devido o Livro Viajante e compensou muito ter lido, é muito bom!

O enredo se passa em um mundo que parou no tempo – século XVII, não é possível prosseguir e renovar do modo de vestir até a tecnologia. Um mundo em que a tecnologia um dia teve uma grande evolução e entrou em decadência por causa de culparem-na de desviar a conduta moral das pessoas, assim, fez com que o governante na época ditasse ser proibida toda tecnologia e evolução. Mas, apesar dessa proibição os Sapientes mantem um pouco para si e para ajudar as pessoas, só que não podem deixa-la progredir.

Devido a desvirtuação de muitos, fizeram uma experiência, construíram uma prisão – Incarceron – planejada para ser um mundo completamente sustentável em que todos ali aprenderiam a viver sem precisar mostrar seu lado pior enviando Sapientes e pessoas desvirtuadas moralmente para ali, só que a invenção se tornou algo que ninguém jamais imaginou.

Quando peguei no livro fiquei encantada, a capa é bela, a chave nela é em relevo e encantadora com os símbolos encrustados nela. Os capítulos são intercalados entre a Claudia e o Finn, o que fez a leitura ser muito rápida e me instigou a cada momento em prosseguir para tentar saber o que estava acontecendo com eles.

Claudia vai se deparar com muitos segredos de seu pai – o Guardião de Incarceron -, do passado do reino, sobre a política e principalmente sobre a realidade de Incarceron e do que ela representa em sua vida, e vai ver que seu pai não é quem ela imaginou, não um simples Guardião de uma luxuosa prisão, mas que o homem que existe por trás dele vai além do que a imaginação dela poderia alcançar, um homem capaz de fazer de tudo.

Claudia imaginou como ele poderia sentar-se ali tão friamente com o Conde, um garoto cujo assassinato ele estava tramando. Bem, ele provavelmente diria que não era pessoal, que aquilo se tratava apenas de política, e nada mais. O jogo, sempre. 

A narrativa se dá sob o ponto de vista de Finn e Claudia. Ela, filha do Guardião de Incarceron predestinada a se casar com o príncipe, pelo qual não nutri nenhum sentimento, e por desafiar seu pai acaba obtendo uma chave que é um comunicador para o outro portador outro da mesma forma dentro de Incarceron. Acaba que Finn tem esse comunicador e sendo um condenado dentro da prisão começa a conversar com Claudia, e os dois começam a descobrir que tudo o que pensavam na verdade é bem diferente. E, Claudia se vê em um emaranhado de situações que coloca a vida dela em jogo, a de seu melhor amigo e mestre, o Sapiente Jared, em uma trama de descobertas que abalam o reino todo, a legitimidade da rainha e do príncipe, ao desvendar um grande mistério sobre o assassinato do primeiro sucessor real. A história não é simples, há uma trama bem elaborada, um emaranhado de situações, muita informação e ação, intrigas políticas do reino com ganância envolta de tudo e muito mais.

Foi um livro que li em que há ação do início ao fim. Só posso dizer que ao término da leitura fiquei desejando loucamente ter o segundo para ler e saber como tudo termina. Um livro com todas as pontas soltas bem arrematadas, com desfecho muito bom, deixando um ótimo suspense para ser desvendado no segundo livro.

Gente, Incarceron desperta a maior curiosidade por si só, e digo que a curiosidade não é só pelo livro, mas pela prisão, pensei que ela sairia do papel e se concretizaria no mundo real.

Tudo o que coloquei acima, pode levar vocês a pensarem algo sobre o livro, mas vai muito além do que coloquei acima, e direcionei vocês a pensarem, essa só é a introdução do livro. Lê-lo é uma aventura espetacular, eu amei!

Até o momento é um dos melhores livros que li esse ano, estou louca para saber como vai terminar essa história.

- Você é a Prisão.

- Eu sou. - A voz soava fascinada.  – E você é a filha do Guardião.                    Ela não conseguiu falar. Jared dissera que a Prisão era uma inteligência, mas ela não percebera que seria daquela maneira.
  ...         - Entendo. E o que você quer em troca?                                                                             - Não é uma pergunta que tenham me feito antes. Quero que você me diga o que é o Exterior. ... Não são apenas os internos que sonham em Fugir, Claudia. Porém, como eu posso fugir de mim mesma?