17 fevereiro, 2015

Resenha: A Linguagem das Flores



Um romance de estreia impressionante, comovente e brilhantemente escrito, A linguagem das flores mistura passado e presente, criando um retrato vívido de uma mulher inesquecível cujo talento com as flores a ajuda a mudar as vidas das pessoas, enquanto luta para superar suas próprias lembranças turbulentas.

Na era vitoriana, as flores eram usadas para expressar emoções: madressilva para devoção, azaleias para paixão, rosas vermelhas para amor. Ainda criança, Victoria Jones aprendeu tudo sobre essa linguagem, mas sempre a usou para comunicar sentimentos como dor, desconfiança e solidão.

Depois de passar a infância em abrigos para menores abandonados, Victoria não consegue se aproximar de ninguém e sua única conexão com o mundo é por meio das flores e de seus significados.

Agora com 18 anos, Victoria se vê sozinha e sem ter para onde ir. Ela dorme numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular. Quando uma florista local lhe oferece um emprego, Victoria descobre que tem o dom de ajudar as pessoas por meio das flores que escolhe para elas.
Mas só depois de conhecer um misterioso vendedor do mercado de flores ela entende o que falta em sua vida. E, ao perceber que está se apaixonando por ele, Victoria é obrigada a confrontar um doloroso segredo do passado e decidir se arrisca ou não dar uma segunda chance à felicidade.
A linguagem das flores é um romance emocionante sobre o significado das flores, da família e do amor. 




Eu estou apaixonada por esse livro!

Delicado, profundo, bem escrito, sensível e com uma trama que traz a crueza de um mundo que poucos conhecem (orfanatos) e a poesia de cada um de nós.

No livro temos Victoria, uma garota que foi abandonada recém nascida e que viveu de lar em lar sem descobrir o que era amor. Era completamente avessa a toques (literalmente embrulhava o estômago dela e ela vomitava litros) e há muito havia deixado de confiar nas pessoas.

Esse quadro começa a mudar (lentamente) quando ela conhece Elizabeth, uma mulher que começa a colocar regras na vida da mocinha (numa tentativa de adoção) e paralelamente lhe ensina a Linguagem das Flores. Sem conseguir expressar qualquer sentimento, que não fosse raiva e ódio, Victoria vai, aos poucos percebendo que pode se comunicar sem palavras (ela falava apenas o estritamente necessário).

Por um motivo que não revelo nem sob tortura de Josef Mengele (não conhece? joga no Google), essa relação com Elizabeth não dá certo, mas a linguagem que rompeu a barreira do ódio de todas as pessoas que cruzavam seu caminho, não foi esquecida. Estar entre as flores era o "gardenal" de Victoria. Aos poucos vamos descobrindo o porquê... e a beleza disso me fez chorar.

Apesar de ter devorado o livro (é instingante... você realmente começa a querer descobrir o porque de tudo na vida da mocinha), encorajo a ser lido devagar. Pode mergulhar de cabeça porque é profundo, profundo... *suspiros*

Há romance também... mas não o romance convencional (aliás, nada na vida dessa moça é convencional). O "galã" não é estereotipado e cheira a suor e terra.

Se essa história não ganhar você, desista da vida (brincadeirinhaaaaaaaaaaaaa)

Esse livro que tinha outra capa (amo, tenho o antigo) e, esgotou-se... de tão tudibom!


"... sentia-me tão diferente da garota que havia chegado ali quase um ano antes que quase todas as manhãs ficava olhando meu rosto no espelho do banheiro, procurando sinais físicos da mudança que eu sabia que tinha ocorrido..."p.135




Os capítulos são intercalados entre a fase presente, quando já tem 18 anos e a fase em que viveu com Elizabeth (infância). Vamos conhecendo o passado e interligando-o com o presente. 

O finalzinho é maçante, e fiquei com vontade de estraçalhar a cabeça de Victoria várias vezes... mas o amor que já sentia por ela, e o entendimento de tudo pelo que ela já havia passado, me deteve. 

Quantas estrelas? Mil.... mil beijos!


"Na era vitoriana, os amantes usavam as flores para transmitir mensagens românticas em segredo: rosas vermelhas para amor, crisântemos para verdade, pervinca para boas lembranças, madressilva para devoção."









19 comentários:

  1. Adorei a resenha. Me fez ter mais vontade ainda de ler o livro. Quando eu li a sinopse, me identifiquei com ele, por justamente acreditar no poder das flores e no quão elas são capazes de mudar a vida das pessoas que têm contato com elas.

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    1. Pri,
      Tenho certeza absoluta de que vai gostar do livro.
      beijocas
      ;)

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  2. Ai Telma!
    Flores já são uma benção de Deus e se pode 'curar' as marcas profundas da dor, raiva e ódio, que dizer?
    Imagino a vida de Victória... tanto sofrimento...Nossa! Quero muito acompanhar o drama e saber o que aconteceu.
    Você tem um lirismo nato para resenhar!
    Carnaval com leitura E PAZ NO CORAÇÃO!!
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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    1. você é tudo de bom, Rudy....
      acho que estou dependente dos seus comentários... :D
      beijoconas

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  3. Telma, é lindo ver como captou a sensibilidade do livro. Ainda não tive a oportunidade de lê-lo inteiro, mas recebi o primeiro capítulo e fiquei muito muito intrigada. :D

    Beijos,

    Amy - Macchiato

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    1. Aymée,
      espero que você tenha a mesma oportunidade de se encantar como eu tive... pelo comentário, sensível ao extremo já noto que é!
      beijos muitos.
      :)

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  4. Meu tipo de livro!!!
    Família, amores, descobertas pessoais... Amo!!
    E acho que ia curtir viver esse romance pouco convencional... rsrsrs
    Adorei a resenha, Telminha.
    Beijos e abraço apertadinho!!

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    1. Luan, lindo....
      Eu realmente acho que você, sensível que é, iria amar esse livro!
      beijoconas

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  5. Bem psicológico... creio que bem profundo, emoções.
    Sofreu, pois torturas de Mengele... ou melhor, ele não torturava, ele produzia outra coisa no lugar da existente. Cair nas mãos dele era ter uma descaracterização não só física, mas mental. Me faz pensar o que essa garota não passou, devido a essa comparação/acontecimento no livro.

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    1. Se um dia você tiver chance de ler Oliveira, querida... creio que vá concordar.
      Muita humilhação de desamor.... mas tudo isso vai se ajustando durante os acontecimentos do livro, como uma grande sessão de terapia.
      beijos, queridona.

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  6. Telminha, tava com saudade de ler as tuas resenhas.
    Elas são tão espontâneas que ganham a gente.
    Eu nunca imaginaria que o livro lidava com isso, adoro histórias assim e já quero muito ler!
    A Capa antiga é realmente mais bonita. Beijos!

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    1. Kris....
      esse livro é pra pessoas sensíveis como você.
      Montes de beijos

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  7. Pelo visto é uma história bem profunda, adoro livros de amores, familia. Quero muito ler!!

    Parabens pela resenha Telma

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  8. Achei muito mais bonita essa nova capa =D
    Fiquei feliz em saber que é bem escrito. Que trás para o leitor, várias cargas sentimentais. Achei uma graça a Beth, que vai dando uma possível felicidade para Vic. Acho que galã de terra, já estou um tanto enjoada :p. Se eu desistir da vida, vou me lembrar de você '-'
    KKK, beijos Telma
    leituras-insanas.blogspot.com.br

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    1. Thayna,
      vem ni mim!!!! haushuashuahsuahsuhausha
      beijos, coisa querida.
      :))

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  9. Que resenha emotiva Telma, e isso é um elogio tá.

    Se visse a capa deste livro e o título, jamais compraria, mas segundo sua resenha é um livro bem "desgracentu", do jeito que eu gosto,rs.

    Beijocas e amei ler sua resenha :D

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    1. Marcinha,
      Esse livro é todo você!
      :D
      Desgracento como você gosta.

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  10. Sou Camilla Rodriguês

    Simplesmente sou apaixonada por essa capa que tem o rosto*-* . antes de ler a resenha não sabia muita sobre a historia desse livro e você me convenceu de vez a ler ele. vou ver se consigo baixa-lo em pdf, vou aproveitar que ja estou terminando de ler Brilho e vou começar a ler logo esse livro.

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd

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