Adoro conhecer os autores pessoalmente, e hoje fui conhecer um dos escritores que tenho o maior respeito - Lourenço Mutarelli
Hoje valeu a pena acordar cedo (odeio acordar cedo) tomar banho e pegar o metrô em direção ao meu destino do período da manhã, Biblioteca de SP.
Na programação do dia - Segundas Intenções, onde a Biblioteca convida algum autor para um bate papo de 2 horas com mediação de algum jornalista.
O autor convidado deste sábado foi Lourenço Mutarelli, escritor, quadrinista, ilustrador e pasmem, ator.
Quem não conhece O Cheiro do Ralo, livro que ganhou adaptação cinematográfica com Selton Mello e com o próprio Mutarelli fazendo o papel de segurança.
O mediador da programação, foi o jornalista Manuel da Costa Pinto, comentarista de literatura no programa Metropólis da Tv Cultura.
Cheguei com 30 min de antecedência e do lado de fora da Biblioteca, já dou de cara com Mutarelli fumando seu cigarrinho.
Ele que é um fumante militante, ou seria confessional, bem, não interessa, o fato é que ele fuma pra cacete, deste hábito nasceu o plot para livro (O Natimorto), não vou explicar nada, corre atrás ae manolo.
Deu 11 e poucos (outra coisa que me irrita é esperar), auditório deveria ter umas 30 pessoas. Entra Mutarelli e o mediador Manuel.
Dá um bom dia tímido, ele é bem tímido, mas Manoel que já o conhece, deixa ele mais à vontade, pergunta sobre os caminhos que ele percorreu do quadrinho a literatura.
Ele deu a entender que não se misturava muito com os profissionais do quadrinho e que as conversas sempre eram as mesmas entre eles, no caso, somente quadrinhos.
E quando escreveu o cheiro do ralo, os autores de literatura o acolheram de forma muito positiva, algo que o ajudou muito, e com a adaptação do livro, ele ganhou mais visibilidade.
Mutarelli falou de música minimalista, suas influências mutantes na literatura, atualmente Ionesco - teatrólogo e Kurt Vonnegut são seus favoritos, num passado recente, seu autor da vez foi William Burroughs, do qual ele comprou toda a obra e leu como se fosse um livro único.
Ele mesmo admite suas obsessões com seus autores eleitos, com direito a foto na estante e tudo mais.
Ele disse que agora a foto que ocupa um espacinho do escritório onde ele escreve, é o Tony Ramos no comercial da Friboi, ele diz achar engraçado, alguém ser galã uma vida inteira e agora vender carne, e dizem que ele que é pirado.
Abordou algumas coisas bem pessoais, como o problema com bebida e a depressão que o derrubou há uns anos.
O medo da morte que o acompanha desde muito criança, e como não faz planos a longo prazo.
Alertou os leitores para o fato de ele ser mais agradável que seus personagens soturnos e melancólicos.
Que seu processo de escrita, geralmente partia de fatos e coisas pequenas para criar seus enredos.
Tratou um pouco das dificuldades de se escrever em nosso país e de como a vida dele é uma montanha-russa por conta da grana que entra pouco, já que a editora come a maior fatia do bolo.
Bem, isso é o que consigo me lembrar, claro que tem muitas coisas e nuanças que seria impossível colocar num texto tão curto como este.
Mas gostaria de dizer que curti muito o encontro com este autor que muito me agrada e me surpreendi em saber que a escrita é algo vital em sua existência, e que não tem nada a ver com dinheiro.
Ele até afirmou que escrevia pra ele, e que só depois de rever o texto, considerava o leitor.
Ficou curioso - dê uma conferida na resenha de Miguel e os Demônios
Resenha Aqui
Ele disse que agora a foto que ocupa um espacinho do escritório onde ele escreve, é o Tony Ramos no comercial da Friboi, ele diz achar engraçado, alguém ser galã uma vida inteira e agora vender carne, e dizem que ele que é pirado.
Abordou algumas coisas bem pessoais, como o problema com bebida e a depressão que o derrubou há uns anos.
O medo da morte que o acompanha desde muito criança, e como não faz planos a longo prazo.
Alertou os leitores para o fato de ele ser mais agradável que seus personagens soturnos e melancólicos.
Que seu processo de escrita, geralmente partia de fatos e coisas pequenas para criar seus enredos.
Tratou um pouco das dificuldades de se escrever em nosso país e de como a vida dele é uma montanha-russa por conta da grana que entra pouco, já que a editora come a maior fatia do bolo.
Bem, isso é o que consigo me lembrar, claro que tem muitas coisas e nuanças que seria impossível colocar num texto tão curto como este.
Mas gostaria de dizer que curti muito o encontro com este autor que muito me agrada e me surpreendi em saber que a escrita é algo vital em sua existência, e que não tem nada a ver com dinheiro.
Ele até afirmou que escrevia pra ele, e que só depois de rever o texto, considerava o leitor.
Ficou curioso - dê uma conferida na resenha de Miguel e os Demônios
Resenha Aqui
Algumas fotos do encontro
O Quadrinho Policial - Diomedes
Bem, foi um dia feliz
É ótimo quando fazemos aquilo que gostamos, verdade? Marcia, você é bem branquinha, pela foto do face pensei que era morena, cheguei assustar quando vi essa foto.
ResponderExcluirEle podia não fumar tanto, é ruim para ele. Parece uma ótima pessoa.
Oliveira, sou branquela mesmo,rs
ExcluirMutarelli fome que nem um maluco, cada um escolhe o que lhe dá prazer, mesmo que seja prejudicial.
Mas o que gostaria de saber, é se vc conhece a literatura dele.
Hug :D
É, mas é ruim pois uma pessoa que contribui tanto para a Literatura acaba sendo propensa mais rápido a alguns tipos de doença, mas se a pessoa quer, não há o que fazer.
ResponderExcluirE não, não conheço de ler, só de ler aqui suas resenhas e sua paixão pela escrita dele.
Cinthia, eu gosto das pirações dele, é uma literatura mais underground, sei que é um tipo de livro que não agrada a maioria dos leitores.
Excluir:D
Oi Márcia!
ResponderExcluirAssim como a Oliveira, eu só conheço o autor pelas suas resenhas aqui...
Adorei o encontro, é ótimo saber que alguns autores escrevem por prazer próprio. Pensando em si mesmo antes mesmo de pensar nos leitores.
É triste saber também que a bela arte de escrever é tão pouco bem remunerada.
Beijão
LiteraMúsicas
Diego, é mesmo uma tristeza saber que o autor é o que menos ganha no fim da publicação de seu livro.
ExcluirExperimente o Cheiro do Ralo e se gostar, vá lendo os outros títulos ou mesmo quadrinhos do autor.
:D
Que bacana, Marcinha.... alguém que é compelido a escrever! Até porque, no nosso País não se ganha bem escrevendo, né? O bom é saber que, com a necessidade de escrever, vem os bons frutos (bem mais doces do que os pagos).
ResponderExcluirAmei seu artigo e as fotos do encontro.
Muitas beijocas em você.
:)
Telma
ExcluirÉ um absurdo o que pagam para o autor, o cara tem que ter outro emprego, senão vira praticamente um mendigo.
E concordo contigo, os frutos dessa necessidade de escrever acabam sendo um presente ainda mais valioso para os leitores.
Beijocas EM vc também lindona :D
Deve ter sido bem legal em, é bom conhecer as pessoas responsáveis pelo nosso vicio
ResponderExcluir⋙ Um beijo, te espero no blog
♥ blog Livros com café ♥
Pepi, é muito bacana trocar ideia com um autor que vc admira.
ExcluirMutarelli é extremamente simples, conversar com ele foi como conversar com um amigo.
Hug :D
Márcia!
ResponderExcluirBom demais podermos ter um encontro com um de nossos autores favoritos.
Confesso que não o conhecia, mas achei bem interessante o bate papo.
Umas coisas parecidas comigo: não tenho medo da morte (acho que não tenho medo de nada...kkk), mas não faço plano a longo prazo, no máximo de 1 a 3 meses e só...
E gosto de escrever para mim mesma, por isso acho que nunca me interessei em editar nada, escrevo porque gosto de ativar meus neurônios e deixar meus pensamentos registrados.
Bem bacana o encontro de vocês, parabéns!
cheirinhos
Rudy
Rudy
ExcluirSempre que posso e o autor me interessa, vou tentar conversar e claro, levar meu exemplar para autografar.
Curti muito este tempinho com Mutarelli, e acabei por entender a razão dos personagens dele, serem tão maluquinhos.
:D
Deve ser muito bom conhecer alguém que a gente admira muito, como eu moro no interior não tenho oportunidades assim, gosto de muitos escritores brasileiros, espero um dia ter a chance de conhece-los.
ResponderExcluirIngrid
ExcluirEu aproveito toda a oportunidade de conhecer autores que eu respeito, e conhecer o Mutarelli foi ótimo.
Que escritores brazucas vc curte?.
:D Hug
Que post maravilhoso.. É tão bom conhecermos nosssos autores queridos,neh?!!Sem contar que teve a oportunidade de conversar com ele, tirar fotos e fanhar autógrafos.. Fico muito feliz por você...
ResponderExcluirbjs
Aline
ResponderExcluirFoi um encontro maravilhoso, deu pra conversar um pouco com o Mutarelli, ele é muito simples e aberto.
Aproveitei e tietei um pouco, tirei foto e pedi pra ele autografar meu livro e o meu quadrinho (vou reler para resenhar por aqui).
:D Obrigada por acompanhar as resenhas e tietagens por ai.