O mar sempre evoca algo reflexivo e existencial. Talvez por ser tão vasto e misterioso como o interior humano.
Temos uma mulher, que de manhã resolve tomar banho de mar, numa praia onde passeava um cachorro preto com sua liberdade canina.
Aí está ele, o mar, a mais ininteligível das existências não humanas. E aqui está a mulher, de pé na praia, o mais ininteligível dos seres vivos. Como ser humano fez um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornou-se o mais ininteligível dos seres vivos. Ela e o mar
Clarice não nos diz nada sobre esta mulher. Apenas observa a cena, como se vê um desconhecido sem uma história. Algo neutro, que apenas existe.
É fatal não se conhecer, e não se conhecer exige coragem
A figura do mar foi algo que se revelou como sendo algo importante na infância da autora. Quando Clarice morava em Recife, sua família acordava cedo para aproveitar a praia. Era todo um preparativo, a praia era distante de onde residiam.
Acredito que já neste tempo, ela entendeu o que era o mar e em sua escrita o mar sempre se faz presente.
Leia as impressões da Silvia sobre este conto - No Reflexões de Silvia
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*Este conto pertence ao livro - Felicidade Clandestina
Clarice Lispector - Todos os Contos
Editora Rocco - Capa Dura - 656 Pgs
Organizado por Benjamin Moser
Marcia Cogitare
Marcia!
ResponderExcluirTem coisa mais gostosa do que o mar?
E Clarice sabe escrever e descrever as sensações libertadoras que as pequenas ondas causam dentro de nós.
Sou apaixonada por ambos: o mar e Clarice!
E tenho sorte de poder morar em cidade praiana, hoje mesmo passei deliciosos momentos à beira mar!
“A juventude é a época de se estudar a sabedoria; a velhice é a época de a praticar.” (Jean-Jacques Rousseau)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Rudy, não sou muito fã de praia, mas entendo que a figura do mar é algo muito reflexivo. E Clarice sabe usar este fator muito bem no texto.
ExcluirHug:D
Olá, é incrível como tudo influencia um escritor. O mar, além de ser importante para Clarice, também proporcionou esse belíssimo conto, cheio de metáforas. Beijos.
ResponderExcluirAlison, realmente é incrível como nada se desperdiça nas vivencias de um escritor, tudo pode virar história.
ExcluirHug
Oi, Marcia!!
ResponderExcluirAdorei mais esse conto sensacional da Clarice Lispector!! Gosto muito de sentar na areia da praia e ficar observando o mar, é uma sensação maravilhosa!!
Beijoss
Marta, eu não sou fã de praia, mas observar o mar é uma boa coisa.
ExcluirPra pensar na vida é ótimo :D
Hug
Oi!
ResponderExcluirAcho bem legal como as experiencias vividas para o autor ele acaba trazendo para nos, ainda mais de uma forma tão especial, gostei muito desse conto, parece ser bem reflexivo, ainda mais com o mar que é sempre um louco que se paramos nos faz sempre refletir !!
Oi Suzana, o mar é muito usado na literatura , assim como nas músicas.
ExcluirClarice mais uma vez o usa de forma maravilhosa.
Hug :D
Oi Márcia, o que acho mais incrível na Clarice é como ela tinha um olhar afiado, conseguia escrever sobre qualquer situação simples do cotidiano nos fazendo pensar haver algo de mais profundo naquilo, coisa que nós dificilmente conseguimos por conta própria. Beijinhos
ResponderExcluirJade, é bem isso mesmo. Clarice é era uma observadora voraz. E quem ganha somos nós com seus textos maravilhosos.
ExcluirHug
:D
Olá.
ResponderExcluirO que dizer desses contos? Sempre profundos e de uma sensibilidade enorme.
Uma escritora como essa, que sabia usar as palavras, com inteligencia e emoção, só pode ser aplaudida e admirada eternamente.
Beijos!
Márcia, Clarice é quase um mito, um ser quase divino no imaginário de muita e gente.
ExcluirSempre me surpreendo com seus textos. As varias temáticas exploradas, tudo muito amplo. Gosto disso.
Hug :D