06 julho, 2014

Resenha: Um Mundo Brilhante



O que fazer quando o mundo em que você vive NÃO É O LUGAR A QUE VOCÊ PERTENCE?




por Cinthia



Livro Único
336 páginas
T. Greenwood
Novo Conceito


Quando o professor Ben Bailey sai de casa para pegar o jornal e apreciar a primeira neve do ano, ele encontra um jovem caído e testemunha os últimos instantes de sua vida. Ao conhecer a irmã do rapaz, Ben se convence de que ele foi vítima de um crime de ódio e se propõe a ajudá-la a provar que se tratou de um assassinato. Sem perceber, Ben inicia uma jornada que o leva a descobrir quem realmente é, e o que deseja da vida. Seu futuro, cuidadosamente traçado, torna-se incerto, pois ele passa a questionar tudo à sua volta, desde o emprego como professor de História, até o relacionamento com sua noiva. Quando a conheceu, Ben tinha ficado impressionado com seu otimismo e sua autoconfiança. Com o tempo, porém, ela apenas reforçava nele a sensação de solidão que o fazia relembrar sua infância problemática. Essa procura pelas respostas o deixará dividido entre a responsabilidade e a felicidade, entre seu futuro há muito planejado e as escolhas que podem libertá-lo da delicada teia de mentiras que ele construiu. Esta, enfim, é uma história fascinante sobre o que devemos às pessoas, o que devemos a nós mesmos e o preço das decisões que tomamos.



Pensa naquele livro que você compra e espera algo da leitura e quando vai ler é totalmente diferente daquilo que pensou. É o que ocorreu comigo nesse livro. Não é um livro ruim, mas por causa do Ben, personagem principal, não me conquistou de forma alguma. E na verdade, creio eu, que foi a intenção da autora, ela criou um perfeito anti-herói, em que passei o livro todo querendo que alguém desse uma boa surra nele.

A narrativa é em terceira pessoa com enfoque na visão do Ben. A escrita é simples e de fácil leitura, decorre de forma fluída e a autora consegue alcançar o leitor no que pretendia fazer com o livro. Ela mostrou de forma bem eficaz como nossas escolhas faz com que percorramos caminhos diversos daquilo que pensávamos, e que muitas vezes desejávamos, mas não temos coragem de enfrentar e lutar por isso.

Não pensem em um personagem perfeito, temos na narrativa, Ben, um anti-herói construído para enraivecer aqueles que leem, pelo menos fez isso comigo. Ele possui um relacionamento com Sara, uma enfermeira, boa pessoa, que luta pelo que deseja, é muito forte e possui uma família amorosa e que os apoia em tudo. É professor durante o dia em uma escola e de noite faz um bico em um bar. Possui uma casa, amigos e até uma linda cadelinha, a Maude.

Uma vida razoavelmente estável para qualquer casal. Mas, não. Ben, é um homem indeciso e que enrola Sara há anos a respeito do casamento deles, detesta seu emprego e para piorar não sabe mais o que sente por Sara.

Em meio a tantas indecisões, em uma noite que nevou muito, um rapaz indígena aparece morto em sua calçada, e assim a vida de Ben muda após conhecer Shadi, a irmã do rapaz morto.

A história se desenrola em Ben tentando ajudar Shadi a encontrar o assassino, e com isso, passa a ver outras escolhas mais aprazíveis a sua frente.

Foi um dos livros que ao ler queria fazer picadinho de Ben, dar os parabéns a Shadi, me condoí por Sara, amei a família dela e gostei muito dos amigos de Ben. Todos são muito verdadeiros, e com eles a autora soube conduzir a história muito bem. Tão bem que parece ser algo tirado de uma história real.

O trabalho da Novo Conceito ficou muito bom, a capa é bem brilhante e condiz com o título do livro.

Um livro para ser lido por aqueles que desejam uma história com uma pitada de investigação, romance, amizade, em que a falta de lealdade pode não só destruir tudo e todos ao redor como a si próprio.


Esperança. ... É o sonho que termina enquanto ainda estamos adormecidos.




14 comentários:

  1. Bem no estilo dramático. Realmente a capa condiz com o que o autora criou. Me parece ser uma boa leitura.

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    1. Se o ler, comente o que achou, vou amar saber. Beijos.

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  2. Poxa, muita gente não curtiu Um Mundo Brilhante. Li o livro há uns dois anos e gostei bastante, acho que por causa da crueza com que tudo é mostrado, a alta carga de pessimismo, enfim, costumo gostar dessas características. Mas achei interessante seu ponto de vista, de todas as maneiras.

    Beijinhos, Livro Lab

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    1. Realmente um livro que mostra para onde segue muitas escolhas e amei seu ponto de vista, me faz olhar para ele de forma diferente. Obrigada! Beijos.

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  3. que pena voce nao ter gostado do livro. nao entendo como o Ben pode ser ruim kkk ele pareceu bom na sua resenha, ele ir ajudar a garota a descobrir quem foi o assassino do irmao dela, pareceu um ato correto kkkk mas eu ja li outras resenhas e falavam que o cara era chato mesmo kkkkk
    beijos

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    1. Olá Jacqueline. Leia e depois me diga o que achou do Ben. Realmente esse ato dele é bem altruísta, mas essa é a medida do livro. Beijos.

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  4. Cinthia!
    Quando li Um mundo brilhante, fiquei com a sensação de que algo faltava na leitura, embora tenha achado o livro razoável.
    Ben também não me convenceu muito, não suporto indecisão e ele tinha horas que ficava totalmente perdido, um horror!
    Mas deu para ler bem e imaginar certas situações que passam no livro.
    cheirinhos
    Rudy

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    1. Acredito que essas situações é que a autora quis mostrar e enfatizar Rudy. Mas o Ben para mim foi totalmente intragável. Alguns amigos antigos faziam uma brincadeira uns com os outro com a frase: "Me diga que você não é um saco de batata e sim homem." Rudy, o Ben é um purê! Na leitura queria tanto passar ele no processador... risos.

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  5. Não sei se eu leria o livro, livros assim tendem a não prender minha atenção e eu acabo tendo vontade de abandonar a leitura, como eu odeio abandonar leituras arrastaria essa até o fim e seria um martírio. então esse eu passo.

    http://www.conversasdealcova.com/

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    1. Kris,
      também odeio abandonar leitura, creio que até hoje só abandonei uma por perder a paciência.

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  6. Adorei esse quote final, adorei os personagens (até mesmo o Ben), adorei tudo. Esse livro me conquistou de cara, e eu quero muito lê-lo! Sei que tem gente que depois que leu, assim como você quis dar uma surra no Ben, mas eu de certa forma simpatizo com ele, e torço por ele, mesmo sem ainda conhecê-lo bem.

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    1. Luciana, quando ler o livro me diga o que achou, vou amar saber sua opinião a respeito dele. Beijos.

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd

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