Resenha: A Passagem

                                                                                                            por Telma Myrbach

O livro que quero comentar hoje, é A Passagem, de Justin Cronin, lançado pela Editora Arqueiro alguns anos atrás. 

Demorei pra começar a leitura, né? 

O fato é que eu estava tão bombardeada por "vampiros" e "zumbis", que ouvir que havia saído no mercado mais um livro com esse tema começou a me causar blahrg (náuseas)... entretanto, devido à quantidade de boas resenhas e notas boas, resolvi pedi-lo para a Arqueiro. Bendita hora! Meuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu (sotaque bem paulistinha)... o livro é do balacobaco!

São 815 páginas, desencoraja qualquer leitor "meia-boca", mas eu juro, cada página é uma explosão de novidades, sustos, estratégias bem boladas, excelente escrita que, até tenta-se ler menos páginas mas... uma coisa leva a outra é torna-se impossível largar o livro.

A trama gira em torno de um projeto secreto para "criar" Homens mais fortes... imotais ou quase. O projeto chama-se "Projeto Noé", justamente por Noé ter vivido, segundo a Bíblia, mais de 900 anos. Daria certo? Poderia o homem brincar de Deus? 

Esse livro remeteu-me a trilogia Franskestein de Dean Koontz  (que amei). Ambos autores são geniais! Eu ainda não havia lido nada de Cronin e estou totalmente apaixonada! 
T-O-T-A-L-M-E-N-T-E   A-P-A-I-X-O-N-A-D-A ! ! ! 

Esqueça os vampiros que brilham ou os zumbis que se apaixonam, aqui o sinistro é o que dita o roteiro todo. O sinistro, o "dark", o paranormal e as muitas vertentes do egoísmo, fanatismo social e tantas coisas ruins... mas, também lembra o lírio que floresce no lodo: Amy. (não tem como não se apaixonar por ela e sua história também). Amy é uma meninina fofa e diferente... muito adulta pra sua idade e essa menininha me impressionou muito numa visita que fez ao zoológico que culminou num estardalhaço entre os bichos e visitantes, enquanto ela afirmava para a freira que estava com ela no Zoológico que eles (os animais) sabiam o que era ela. O que era ela? O QUE ERA ELA? (eu também queria muito saber)...rs*

Apaixonei-me também por Carter, um presidiário no corredor da morte, cujo único crime era uma pequena debilidade mental que não o deixava explicar o que ocorreu no momento em que ele matou uma mulher.... Carter foi convidado a participar (ser cobaia) do projeto e com isso, teria sua pena comutada de pena de morte para prisão perpétua. Por que não? Ele queria viver...

Tô me sentindo esbaforida... falando pelos cotovelos sem estar linear. Isso mesmo! Meus pensamentos estão todos malucos, correndo para (e por) todos os lados (do meu poderoso cérebro - Rá) agora que acabei o livro! 

Não vou contar mais nadica de nada!

Só volto a afirmar que a história é MARAVILHOSA, que o autor é um GÊNIO e que a Editora Arqueiro ACERTOU em cheio ao publicar esse livro! Se tivesse mais estrelas pra dar eu DARIA!

Quero a continuação "Os Doze" pra JÁ!

Beijos, meus queridos surtados!

“Leia este livro e o mundo como você o conhece desaparecerá.” – Stephen King

Primeiro, o imprevisível: a quebra de segurança em uma instalação secreta do governo norte-americano põe à solta um grupo de condenados à morte usados em um experimento militar. Infectados com um vírus modificado em laboratório que lhes dá incrível força, extraordinária capacidade de regeneração e hipersensibilidade à luz, tiveram os últimos vestígios de humanidade substituídos por um comportamento animalesco e uma insaciável sede de sangue.

Depois, o inimaginável: ao escurecer, o caos e a carnificina se instalam, e o nascer do dia seguinte revela um país – talvez um planeta – que nunca mais será o mesmo. A cada noite a população humana se reduz e cresce o número de pessoas contaminadas pelo vírus assustador. Tudo o que resta aos poucos sobreviventes é uma longa luta em uma paisagem marcada pelo medo da escuridão, da morte e de algo ainda pior.

Enquanto a humanidade se torna presa do predador criado por ela mesma, o agente Brad Wolgast, do FBI, tenta proteger Amy, uma órfã de 6 anos e a única criança usada no malfadado experimento que deu início ao apocalipse. Mas, para Amy, esse é apenas o começo de uma longa jornada – através de décadas e milhares de quilômetros – até o lugar e o tempo em que deverá pôr fim ao que jamais deveria ter começado.

A Passagem é um suspense implacável, uma alegoria da luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que recende a morte.

“Cronin é mestre em criar tensão e jamais desperdiça palavras. Este thriller excepcional deve ser um dos mais populares do ano e atrairá leitores em toda parte.” - LIBRARY JOURNAL 

Quase um século depois que uma pesquisa científica financiada pelo Exército dos Estados Unidos foge do controle, tudo o que resta é uma paisagem apocalíptica. As cobaias utilizadas nos experimentos – prisioneiros a caminho do corredor da morte – escaparam do laboratório e iniciaram uma terrível carnificina, alimentando-se de qualquer ser com sangue nas veias e espalhando por todo o continente o vírus inoculado nelas. 

Um em cada 10 habitantes pode ter sido infectado. Os outros nove se tornaram presas desses virais, criaturas animalescas extremamente ágeis e fortes cujos únicos pontos fracos parecem ser a hipersensibilidade à luz e uma pequena área frágil próxima ao esterno. 

Em uma fortificação construída nas montanhas, cercada de muralhas de concreto e holofotes superpotentes, uma comunidade tenta sobreviver aos constantes ataques noturnos. Mas a precária estrutura que a protege está com os dias contados: as baterias que alimentam as luzes começam a falhar e uma invasão é iminente. 

Não se sabe o que aconteceu ao resto do mundo: a comunicação foi cortada, não há governo e o Exército nunca cumpriu a promessa de voltar. Provavelmente estão todos mortos. Mas a chegada de uma misteriosa andarilha traz novas expectativas: ao que tudo indica, ela tem as mesmas habilidades dos virais, mas não sua necessidade de sangue. Agarrando-se a essa esperança, um grupo parte da Colônia para buscar mais sobreviventes – e a verdade fora dos muros. 

Com uma narrativa tensa e bem-estruturada, Justin Cronin constrói personagens de complexidade psicológica surpreendente. Na transição do mundo que conhecemos para um que não poderíamos imaginar encontra-se uma humanidade sitiada pelos próprios erros. 

A Passagem é o primeiro livro de uma trilogia. Em Os Doze, segundo título da série, conheceremos mais sobre os acontecimentos que deram início ao caos e as decisões individuais que podem levar a humanidade a um fim ainda pior que a mera extinção. A Cidade dos Espelhos, que conclui essa emocionante saga, é aguardado para 2014.