O Senhor da Luz

A saga de Datahriun

EM UMA JORNADA PELO DESTINO DE DATAHRIUN SUAS ASAS SERÃO CAPAZES DE ALCANÇAR A LUZ? Lícia se sentiu muito sozinha quando o seu avô morreu, deixando uma chave e um pedido. Essa chave abria uma caixa muito poderosa, capaz de fazer viver, novamente, um planeta já morto: Datahriun. Porém, ela só poderia ser aberta por cinco chaves. A de seu avô era somente uma delas, e o seu pedido era para que Lícia as reunisse e encontrasse os seus guardiões. Desse modo, eles poderiam fazer o que ninguém havia feito antes. O Senhor da luz é uma estória sobre sonhos, guerras, amizades, tristezas e amor. Uma saga insana pela recuperação de Datahriun, onde vivem criaturas misteriosas com poderes fantásticos. Um lugar onde a magia é somente o começo!

Saga de Datahrium

Livro Nacional

Graciele Ruiz

320 páginas

Novos Talentos 

Logo na introdução do livro temos:

Os cabelos eram da cor do fogo e em suas veias corria o vento. De suas costas brotavam asas e seus olhos dourados de águia alcançavam longas distâncias. E, por mais estranho que soe, ela era uma garota normal. Era.

Este é mais um livro nacional, e mais uma surpresa, já que possui uma fantasia boa de ser lida, que só pecou por ter poucas páginas e com isso não deu muitos detalhes. Mas, é algo bem particular meu, já que gosto de descrições detalhadas, minuciosas, algo que nem todos gostam. Como disse, é bem particular.

Toda aventura se passa na galáxia Drânia, no segundo menor planeta do sistema chamado Datahrium, que possui nove continentes, cada um deles habitado por um clã com poderes diferentes – Kan, Akinus, Taon, Mériun, Guanten, Mei, Shinithi, Razoni, Munsulia -, nesses clãs apenas há cidades e vilas. Durante o passar dos tempos os clãs esquecem-se de sua prioridade para com todos os deuses, oferecem mais orações para Jurhrmaki, o deus da justiça e da proteção; se esquecem de Cynara, a deusa do amor e da fertilidade, trazendo muita satisfação a Trayena, deusa da morte e guerra.

Assim, o equilíbrio está quebrado, e quando na luta de Selaizan - o Senhor da Luz - com a Feiticeira de Trayena, o primeiro vem a perdê-la, assim, a única solução foi espalhar as chaves da salvação de Datahrium para pessoas com coração puro. Então, antes de sucumbir, ele espalha as chaves que encontrou nos nove clãs, dando a elas guardiões. Elas representam a salvação de Datahrium ou sua destruição se cair em mãos erradas.

Com o passar do tempo, tudo vira uma lenda, mas para o avô de Lícia é algo real, já que ele era um dos guardiões de uma das chaves. E, assim que ele está prestes a falecer, ele passa a incumbência para a sua neta, Lícia, que passa ter a missão de reunir todos os guardiões e suas chaves para poder salvar Datharium, e assim inicia sua jornada.

Amei a forma como foi desenvolvido, cada clã possui um poder de domínio. Kan domina o vento, Akinus – o fogo, Guaten – manipula o ferro, Taon – cristais, Mérium – água...

Nada é comum no livro, desde os personagens, cada um, um ser diferente, alguns com asas, outros sem, mas esses montam dragões e fênix por um vínculo desde que nascem. A trama é bem elaborada, com bastante ação, não há brechas na narrativa, e a surpreendente gama de seres e seus segredos prende o leitor até o fim. A escrita é leve, de fácil leitura, instigante e com bastante magia.

Layer levantou voo e sobrevoava o inimigo lançando labaredas de fogo. Nahya fazia o mesmo e Lícia usava seu arco para produzir flechas certeiras. Mas grande parte dos inimigos caídos voltava a se levantar, ou nem ao menos caía, puras ilusões. 

A personagem principal desse livro é Lícia, grande parte do livro ela narra, talvez a autora escreva outros sob outros pontos de vista, já que nesse foi assim. Dosado em pequenas partes, Talled – o que anda nas sombras - ganha voz, outrora Nahya, e podemos ter o prazer de estar na cabeça até de seu vínculo, o dragão Layer. Foi uma experiência muito boa, fez com que me afeiçoasse aos personagens, e uma boa visão geral do que se passava com cada um e na cabeça de cada um. São personagens fascinantes, sendo Lícia a grande incógnita, em suas veias corre vento, ela é alada, com o cabelo da cor do fogo. E, apesar de sua inocência, e pouca habilidade em desfrutar seus poderes, ela é humilde ao receber ajuda.

De início pode parecer um livro parecido com outros, uma aventura para salvar um mundo, mas o desenvolvimento é muito bom e quando Eriel – manipulador de cristais - aparece, torna em uma aventura recheada de mais ação e novidades, desvendando alguns mistérios e deixando outros em aberto por ser uma série.

Estou muito ansiosa pelo segundo livro, pois se na apresentação de apenas 3 clãs tive uma leitura recheada de ação e aventura, quero ver como será nos outros 7 clãs que faltam. Muito curiosa em conhecer os guardiões das chaves, pois os que apareceram nesse livro compensaram cada letra contida nele. 

Só uma coisa me encabulou. Tentei conversar com a autora e ela nunca me respondeu. Gostaria de informar mais sobre a série, mas infelizmente não tive como saber nada. Agora é esperar.

Nahya não soltava fogo; ela era fogo. O ponto máximo de qualquer poder em Datahriun. Ela tinha uma capacidade dominadora incrível, virava seu próprio elemento e era tão rápida quanto fatal.