Resenha: O Cavalo e seu Menino

As Crônicas de Nárnia - O Cavalo e seu Menino - C. S. Lewis

Resenha por Daiani

Você já se imaginou fugindo para um lugar totalmente desconhecido e até então proibido? E ainda por cima galopando nas costas de um cavalo falante? Ou até mesmo durante esse trajeto ser perseguido por leões? Era o que Shasta também nunca imaginara, mas aconteceu com ele.

A crônica se passa na época em que Pedro, Edmundo, Susana e Lúcia ainda reinavam em Nárnia.

Shasta crescera na Calormânia sendo criado por um pescador ranzinza chamado Arriche a quem ele chamava de pai.

Quando a venda de peixes era boa Arriche era um ótimo homem, mas quando era fraca ele mudava completamente e às vezes até espancava o garoto.

Em um dia comum aos outros apareceu na casa de Arriche um homem muito diferente – de outras terras – montado em seu cavalo. Arriche sabia que o homem era uma pessoa importante e não hesitou em recebê-lo.

O tarcaã, como era conhecido, foi até Arriche com o intuito de comprar Shasta, mas este quando soube ficou com medo e foi desabafar com o cavalo do senhor sem saber que o cavalo (Bri) entendia tudo o que ele dizia e ainda respondia.

Depois do susto, Shasta e Bri combinaram de fugirem para Nárnia, as terras ao Norte que eram proibidas e desconhecidas, e rapidamente começaram a viagem sem que Arriche e o tarcaã percebessem.

Durante a viagem exaustiva, ambos foram surpreendidos por alguém que os seguia, mas isso não foi tão assustador quanto perceber que logo mais os quatro – Bri, Shasta, e outro cavaleiro também em seu cavalo – estavam sendo seguidos por um leão ENORME!

O cavaleiro era Aravis, uma tarcaína que saíra de casa às pressas com sua égua Huin – também falante – fugindo de um casamento arranjado com um velho que ela não suportava; agora as duas também estavam buscando a liberdade em Nárnia.

Aravis desde o início não gostou de Shasta, ela sempre se sentiu superior ao garoto pobre e que não recebera educação adequada, e demonstrava isso não dirigindo muitas palavras ao garoto.

Durante toda a longa jornada os quatro juntos compartilharam o medo, a fome, o cansaço, a luta contra o mal.. Separados eles ouviram conversas muito importantes que os guiaram para um destino surpreendente, que os levaram a salvar duas nações de uma horrível invasão, e salvaram também uma jovem Rainha de um casamento com um Príncipe que não a interessava e que, quando queria era bonzinho, mas quando menos se esperava mudava completamente.

Sobre o destino surpreendente o que posso dizer é que desde o início da crônica já se imaginava que havia algo errado. Conforme ocorre o desenrolar da história acaba se esquecendo desse detalhe, pois acontece tanta coisa, tantas aventuras, que o leitor perde o “fio da meada”; mas uma guerra em tempos de paz faz com que tudo se ilumine e a verdadeira história seja revelada.

É uma crônica muito parecida com as outras, com muitas aventuras, perigos, medos.. A diferença é que essa tem um final totalmente diferente, algo que casa com o início da história fechando assim o ciclo..

É muito boa!! E não digo isso por ser apaixonada pelas Crônicas de Nárnia, mas pela forma como tudo vai acontecendo, e se encaixando, e se revelando..

É maravilhoso!! *------------------*

Daiani Cris Pedrobon