12 abril, 2015

Resenha: Morte Invisível

Em meio às ruínas de um hospital militar soviético no norte da Hungria, Pitkin e Tamás procuram antigos suprimentos e armas que possam vender no mercado negro, até que acabam encontrando algo mais valioso do que poderiam imaginar.

Ali está a esperança dos meninos ciganos de deixar a pobreza, de quitar as dívidas da família, quem sabe de se livrar um pouco do preconceito que sofre o seu povo. Porém, suas boas intenções podem provocar a morte de um número alarmante de pessoas.

Na Dinamarca, a enfermeira Nina Borg também se preocupa com o bem-estar dos desfavorecidos, e por isso colocará sua vida em risco mais uma vez. Chamada às pressas para cuidar de um grupo de ciganos húngaros, ela descobre uma doença misteriosa que se espalha de forma implacável. Ao investigar o caso, percebe que há algo de podre em toda aquela história, um segredo perigoso, guardado a sete chaves pelos imigrantes, que pode envolver terrorismo e fanatismo.
Nesta continuação de O menino da mala, Nina acabará colocando sua família na mira de criminosos e se verá diante de uma crise sem precedentes que mobilizará o país.
“Kaaberbøl e Friis retornam com uma continuação irresistível de O menino da mala. Trazendo uma trama intricada, personagens atraentes e um desfecho tenso, este ousado thriller estabelece as autoras no panteão dos romances policiais escandinavos.” – Library Journal
Morte invisível é impactante. Uma história que acelera em direção a um final épico, que deixa o leitor ao mesmo tempo chocado e maravilhado. Um livro imperdível.” – Book Reporter
Morte invisível é mais uma exposição perturbadora das injustiças sociais no mundo.” – New York Times Book Review
“Kaaberbøl e Friis criaram não só um dos melhores romances policiais dos últimos tempos como um dos mais incomuns, tanto em relação aos personagens e às tramas quanto à forma como os crimes se integram na narrativa.” – International Noir Fiction

Nina Borg vive um dilema eterno. Mãe de uma adolescente e de uma criança pequena, ela pena para dar atenção à família e se distanciar dos imigrantes ilegais assistidos pela organização clandestina da Rede. Durante as ausências do marido por conta do trabalho como geólogo, ela promete se dedicar aos filhos e esquecer o serviço por um tempo.
Porém, seu amigo na Rede, Peter, adoece e lhe faz um pedido urgente: cuidar de um menino húngaro que contraiu uma enfermidade grave e está escondido em uma oficina mecânica. Ao chegar lá, Nina é proibida de ver o garoto, sendo praticamente expulsa por outros ciganos arredios.
A enfermeira entende o habitual medo dos imigrantes em lidar com estranhos, pois eles sofrem um preconceito muito grande ali na Dinamarca. A desconfiança dos nórdicos é ainda maior às vésperas da Conferência de Copenhague, que reunirá estadistas do mundo inteiro e é um potencial foco de atos terroristas.
Alheia ao perigo, Nina persiste em tratar a doença de algumas crianças ciganas da oficina e, aos poucos, vai descobrindo as ramificações obscuras daqueles casos. Em seu caminho, estão personagens inusitados como um agente solitário do serviço secreto, um jovem aspirante a advogado que vê seus sonhos destroçados, um frio e ambicioso pai de família e um finlandês que adora torturar suas vítimas.
Mesclando uma narrativa empolgante e uma crítica contundente às injustiças sociais, Morte invisível faz o leitor refletir sobre os desafios atuais de países divididos pelo racismo e o nacionalismo.
Queridos,
Na resenha que fiz, tempos atrás, de "O Menino da Mala" (clique aqui para ler), eu falo da escrita maravilhosa, basta ver como comecei a resenha:
Como falar de um livro MARAVILHOSO, sem recorrer aos clichês de “Ótimo!”, “Excelente!”, “Amei!”... etc?Cara... num dá!
O livro é Ótimo, Excelente, Maravilhoso, eu Amei, Do cara....mba!"

Pois é.... " O Menino da Mala" realmente me impressionou e eu fiquei ansiosíssima para ler o que seria uma continuação do mesmo....
Eu disse "seria", né? 
Pois é... Não é.
Ao menos eu não julgo que seja. Não vemos mais o menino e tampouco a mala... mas, eles tem elementos em comum (de qualquer forma não é uma continuação). Os elementos em comum são: a enfermeira Nina Borg e sua guerra contra as injustiças sociais. Novamente, contrariando os desejos do marido, ela parte numa caçada que pode custar-lhe a vida.
A história é boa? Sim... mas, demora para emplacar.
No livro anterior também demorou um pouco, mas era de tal maneira, intrincado e com suspense tão alinhavado, que a gente só respirava pra saber a continuação. Esse não me prendeu dessa maneira.
A temática é bacana, atual, engajada, política... tem cenas fortes e, claro que as autoras escrevem super bem! Mas faltou a magia da primeira... é quase como se ambas se esforçasse para alcançar o mesmo sucesso com a mesma gama de "truques" e, não tivessem sido tão bem sucedidas assim, sabe?
O que amei no livro foi a capacidade incrível de ambas (que já havia me fascinado no anterior), de trazer à baila um tema não tão comum em nosso país mas que poderia ser o nosso, tamanho preconceito existente entre nações e pessoas. O ódio gerado pelo terrorismo e fanatismo. Isso foi lindo de ver/ler.
É um livro fácil de compreender e um suspense que o distrairá, desde que você não vá com tanta sede ao pote como fui. :)
beijos, surtados queridões.





26 comentários:

  1. Poxa. Uma pena esse não ser tão viciante como o outro. Estava afoita pra saber de como seria esse. Agora fiquei triste. Mas acho que vou tentar ler assim mesmo, pois gostei muito da personagem Nina e quero acompanhar essa trajetória que ela faz nesta trama. Mesmo sendo monótono vou me arriscar.
    Beijos.

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    1. Nina Borg continua demais, Beth!
      Assim como você eu leria.
      beijos grandes.
      :)

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  2. Telma, sempre namorei a capa sinistra desse livro, gosto de livro policial e sanguinolento, estou achando que lerei o 1° livro da série.

    Vou lá reler sua resenha do 1° livro.

    Hug :D

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    1. Marcinha....
      vc gosta mesmo de uma tragédia e essa capa é "sua cara"...rs
      beijos, gata

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  3. Telma!
    A temática de preconceito, fanatismo e terrorismo é empolgante, mesmo que nesse exemplar a autora não tenha desenvolvido tão bem.
    A enfermeira Nina me parece que virá em outros livros da série também, o que não quer dizer que seja uma continuação, apenas a protagonista é a mesma.
    Sempre tive vontade de ler O menino da mala e agora, mesmo não sendo tão empolgante, gostaria de ler esse também.
    Boa Semana!
    “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.” (Carlos Drummond de Andrade)
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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    1. Coisa querida....
      eu imaginei que seria uma continuação do outro livro, como estava sendo dito, não uma série com a personagem central... muito embora eu tenha me apaixonado por Nina Borg.
      Assim como você, eu também leria.
      Gosto da temática e a escrita das autoras é muito boa.
      beijos grandes
      ;)

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  4. Eu também fiquei surtada com O menino da mala e esperava muito desse segundo livro, talvez seja esse o grande problema, excesso de expectativa. O menino da mala foi tão bem amarrado que era de se esperar que a nova trama fosse tão boa quanto, mas ainda assim eu tenho muita curiosidade em ler esse livro.

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    1. Pode ser, Cris... pode ser o excesso de expectativa mesmo. Talvez se eu tivesse lido eu primeiro, eu teria gostado mais.
      Leia sim, eu acredito que você vai gostar.
      Muitos beijos
      :)

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  5. Imagino seu desânimo ao ver que o livro não foi o que prometeram é bem frustrante nê, eu não li o primeiro mas li sua resenha e pela sua empolgação vi o quanto amou
    a capa desse é linda eu dou nota 10

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    1. A capa é maravilhosa, mesmo Eri e promete tanta coisa, né?
      A história não é ruim... só não é tão boa quanto eu esperava.]
      Muitos beijos em você.
      ;)

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  6. Olham, Telminha, até comecei a ler o Prólogo... Mas não deu muita vontade mesmo!!
    Mesmo assim ADOREI a sinopse!
    E como sua resenha já nos preparou para uma leitura não tão incrível, acho que vou tentar futuramente.
    Como sempre, amei a resenha toda explicadinha e sincera.

    Beijos. Com muita saudade de você!!!!!!

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    1. Muita saudades de você também, meu queridão.
      Beijos

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  7. De qualquer forma, fiquei curioso... a capa me pegou... vai pra lista, com certeza... hehehe

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    1. Eu o leria de qualquer forma também, Anderson! :)
      Abraços

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  8. Este livro em si parece ser muito bom gostaria de telo mais por enquanto gostei muito de sua resenha...

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  9. Este livro em si parece ser muito bom gostaria de telo mais por enquanto gostei muito de sua resenha...

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    1. Sim, o livro é bom!
      Fico feliz que tenha gostado da resenha.
      :)

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  10. Oiee
    Eu não li o Menino da mala então não tenho grandes expectativas em cima desse livro,essas histórias que demoram um pouco pra "andar" me deixam ansiosa por um lado e entediada por outro mas quero ler os dois livros ainda,quem sabe eu não me surpreenda,e essa capa chama muita a atenção,adorei!
    beijos

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    1. Letícia,
      eu conheço o que é ansiedade quando um livro não emplaca... mas acredito que vá gostar demais do Menino da Mala e vá gostar desse.
      beijocas

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  11. Ah como nunca li nada do tipo, não tenho muito a que comparar, mesmo assim ele me parece ser muito bom. Só que não sei, acho que vai demorar um pouco pra me envolver com este tipo de livro sangrento sabe.

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    1. Sei sim, Liih.
      Gosto literário é diverso e a gente procura por aquilo que nos preencha.
      Se os deste gênero não te encantam, fique com o gênero que te deixa bem.
      Muitos beijos, linda.
      :)

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  12. Oi, tudo bom?
    Que pena que esse livro não lhe agradou tanto quanto o Menino da mala, eu ainda não li nenhum dos dois, a historia me parece ser muito boa, só que não pretendo ler por enquanto, mas para frente quem sabe.
    Beijos *-*

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  13. Oi, Telma! Tudo bem?

    Que livro "forte", se assim posso dizer...
    Apesar da capa ser "assustadora" (não curti muito), achei que teria aquela mágica, mas como você mesma descreveu em sua resenha, este não foi tão interessante assim.
    Provavelmente eu não irei ler, contudo, parabéns pela resenha e o modo como entendeu a ideologia do livro! :)

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    Beijos!

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  14. As autoras tem dois grandes méritos, ambientar a história em um cenário totalmente diferente do que estamos acostumados e com temas que não vemos muito na literatura policial.
    Conseguem manter a personagem como foi no primeiro livro, querendo resolver as coisas e que tudo dê certo no final, batalhando para enfrentar opressores e as injustiças, uma pena que não tenha sido tão impactante quanto o primeiro.
    Eu achei muito bom, tem a mesma pegada, claro que é mais "lento" que O menino da mala, mas mesmo assim conseguiu prender minha atenção, fiquei querendo saber o que iria acontecer, curtindo os personagens secundários criados, virando as páginas sem perceber o tempo, mas pode ser porque não estava com grandes expectativas, leio todos meus livros esperando ser surpreendido, geralmente sou e positivamente, como aconteceu com esse.

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  15. Esse é aquele tipo de livro que eu já leria só pela capa kkk. Achei incrível!! Gostei da ambientação e da temática também. Ainda não li O Menino da Mala, que aliás, tem uma capa bacanuda também né. Já vi vários comentários super positivos sobre ele e foi legal ver o seu ponto de vista, comparando as duas obras. Quero muito poder ler os dois. Acredito que vou curtir bastante.

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  16. Uaaau que capa é essa?! Não li o menino da mala ,mas voou ler ele só depois deste magnifico livro de capa perfeita'

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd

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