Sinopse
Dois universos com dádivas distintas. Um evento desestabiliza a ordem. Cabe a um etrusco restaurar a paz. Não há piedade. Resta desolução.O equilíbrio entre dois mundos foi afetado. Dá-se início à Trilogia Paralela.O Mundo Paralelo coexiste com sua irmã gêmea em outro plano, ambos necessitam estar bem e a ruína de um pode representar a falência de outro. A ele foi dada a dádiva da tecnologia e a nós coube a magia. Deus não permitiu que um possuísse ambas as maravilhas, pois temeu que a criatura almejasse tornar-se maior que o criador.
por João Michels
Caros leitores surtados,
Em primeiro lugar gostaria de esclarecer que mesmo sendo amigo do autor, procurei escrever esta resenha de forma imparcial. Dito isto: Vamos lá?
Abryel é o primeiro livro do autor Wellington Pinto e volume I da Trilogia Paralela, e para mim, foi uma surpresa mais que agradável. Estava esperando um livro bom, mas a obra acabou se mostrando superior a minha expectativa e a tudo de ficção científica que venho lendo recentemente.
No prólogo descobrimos que o mundo foi invadido. Seres de outras realidades estão aqui. Quem são e o que fazem? Cabe a cada leitor descobrir durante a leitura, super prazerosa por sinal, mas falaremos disso mais tarde.
O enredo do livro é um tanto misterioso, intrigante e inquietante. Logo após o prólogo somos apresentados a relatos vindos da Pólis 4, no ano de 2199, oriundos do “Projeto Evoluir.” O projeto evoluir são pessoas, apresentadas a nós como gênero macho, de saúde estável e férteis (todos), diferindo apenas de sua capacidade intelectual. São três núcleos dos quais acompanhamos seus relatos em meio a busca da sobrevivência ao apocalipse.
Cícero é do Rio de Janeiro, tem capacidade intelectual alta, e em meio a sua fuga e busca pela sobrevivência resgata a adolescente Tamara, de apenas 15 anos. Juntos eles lutam pela sobrevivência.
Miki, de Tóquio, Japão, tem capacidade intelectual mediana, mas é através de seus relatos, após ser resgatado por... (surpresa, leia) que conseguimos entender um pouco sobre o que está acontecendo no caótico mundo;
E por último, temos David, em Nova York, nos EUA, que tem sua noite romântica com Mary, uma latina, destruída pelo apocalipse, tendo que junto dela, encontrar uma maneira de se manter vivo.
Além desses três núcleos, dos quais obtemos o relato de sobrevivência e início do apocalipse em primeira pessoa, somos transportados a 476 a.C para a Cidade-Estado Veios, na Etrúria, onde acompanhamos o etrusco Aita. O que isso tem a ver com a história do apocalipse? Confesso que não sei, mas me foi garantido pelo autor que será revelado no segundo capítulo da trilogia e terá suma importância.
O Enredo é esse. Misterioso porquê não sabemos direito o que ou porquê tudo está acontecendo. Intrigante porque nos questionamos e mundo. Questionamos o que acontecerá a seguir, e uma coisa que me conquistou nessa leitura foi as indagações ontológicas que ela levanta, pois além de uma leitura de entretenimento, é um mlivro que nos leva a refletir a condição humana e tudo relacionado a ela (vale aqui lembrar que o autor é formado em direito e história)... E ah... Mais um ponto por isso. As referências históricas estão maravilhosas. E é inquietante pela tensão constante que a leitura nos proporciona, e por algumas bizarrices “along the way” , tipo uma cena macabra num super mercado. Inquietante porque tudo pode acontecer e você não tem ideia.
E vamos falar sobre a narrativa. Meu Deus do Céu que coisa perfeita. Uma narrativa ágil, que nos faz querer ler apenas mais uma página, e de página em página, terminamos o livro rapidamente. Ouso dizer, e aqui quero pedir sua licença querido leitor, e é uma opinião pessoal minha que você tem todo o direito de descordar se quiser, que a narrativa de Abryel no quesito “apocalipse acontecendo” é bem mais fluída e ágil do que o famoso “Dança da Morte” de Stephen King, que muitas vezes de tão arrastado que é me causa sono.
Enfim, Abryel é uma obra Magnâmica, e um perfeito início de trilogia (Visto que não muito nos é revelado e nos deixa meio perdidos). Inteligente, assim como seu autor o é, ágil e tensa. Um primor da ficção-científica moderna, que para mim fica atrás apenas da trilogia que li recentemente da fundação de Isaac Asimov. Se você quer ler uma obra que entretenha, mas também que te faça refletir, Abryel é sua escolha. Se você quiser ler um autor nacional que é foda e acessível, vá de Wellington Pinto. (Tá, eu sei que tá parecendo campanha política, parei)
É isso meus surtados queridos do <3
Leiam Abryel...e Ah... O que ou quem é Abryel... Descubram por si só que eu levei um spoiler do autor, e não quero repetir isso e estragar a surpresa de vocês.
Vejo vocês numa próxima.
Ótima leitura pra vocês.
Muito bacana. Já li o livro e é realmente muito bom. Nos prende com as narrativas cruzadas e nos empurra sempre para os próximos acontecimentos... Parabéns pela resenha e pelo blog, João. Sucesso com o livro, Wellington. Um abraço para todos.
ResponderExcluirRealmente o livro é muito bom...
ExcluirObrigado por acompanhar Aldo.
Minha ansiedade maluca não me deixa ler um livro de cada vez, esperando a continuação da história... Preciso ter a trilogia de uma vez só!!
ResponderExcluirCara, que história atraente!
Adorei a ideia. Adorei os personagens de outras nacionalidades. E adorei que o autor seja brasileiro.
Acredito que vai ser um sucesso e vou esperar a trilogia completa!!
Parabéns pela resenha, João.
Abraços!!
Eu também sou ansioso Luan, e te confesso que to a mil querendo ler o resto hueheueuhehehueuheuheuh...
ExcluirAtraente é pouco, como disse, a história é magnífica, e tenho orgulho de o autor ser nacional e ainda ser meu amigo....
Com certeza será sucesso.
Comparando Abryel com Dança da Morte e King sai perdendo, heim?!
ResponderExcluirIsso é o que eu chamo de motivação em resenha!
Sua resenha ficou excelente, João e enche-nos de curiosidade sobre o livro em si. Falou muito e não soltou spoilers! Perfeito!
Atiçou, deu ideia, sem contar demais... meu tipo de resenha!
Parabéns a ambos: a Wellington pelo livro (que eu espero seja um sucesso imenso) e a você, João Michels, que soube passar a riqueza do que leu.
beijos, coisa querida.
:)
Realmente Telminha!
ExcluirEsse deixa A Dança da Morte no chinelo...
Obrigado pelo carinho e amor de sempre...
Espero que Abryel seja um estouro.
ResponderExcluirPoxa, amigo. Você me enobrece com palavras tão singelas.
Fico feliz que tenha gostado! Você é e sempre será meu leitor NÚMERO 1!
=)
<3
João, suas resenhas sempre me surpreendem pela clareza e leveza.
ResponderExcluirAssim que terminar meus 2 calhamaços, partirei para a leitura de Abryel, e farei resenha por aqui, afinal quanto mais melhor né, rs.
Hug seu diliça
João!
ResponderExcluirTudo bem, nem levei em conta a paixão fraternal de ambos, afinal, mesmo sendo ambos apaixonantes, temos de ser imparciais em nossas avaliações, principalmente quando somos amigos, porque podemos apontar onde se pode melhorar.
Dito isso, devo dizer que sou apaixonada pela boa ficção, herança das primeiras leituras feitas na infância dos contos de Isaac Isimov...
Abryel me parece uma ficção bem escrita, bem ambientada, personagem específicos e bem caracterizados que envolvem totalmente o leitor. Já me sinto consumida pela ânsia da leitura, entretanto, como o Luan falou, prefiro ter a série toda em mãos porque quero ler tudo de um tacada só, não conseguiria ficar anos esperando pela continuação.
Parabéns pela análise bem feita!
E parabéns para o Wellington também por sua criatividade exacerbada e por escrever tão boa obra ficcional.
cheirinhos
Rudy
Me interessei. Estará entre as minhas próximas aquisições!
ResponderExcluirUm forte abraço!
www.bravuraliterariablog.blogspot.com.br