Esposa e mãe perfeita, Annie vê o seu mundo desabar de uma hora para outra quando é abandonada pelo marido. A fuga momentânea é para Mystic, a pequena comunidade onde ela cresceu e onde o seu pai ainda vive. Lá, Annie começa a se reerguer novamente, descobrindo o amor por si mesma, por um velho amigo solitário e por uma garotinha que acaba de perder a mãe. Tudo está se encaixando na vida de Annie. Nick e Izzy se tornaram uma parte importante de seu processo de cura, e ela também se tornou essencial para a sobrevivência da relação entre pai e filha. Até que o seu ex-marido reaparece... e a tranquilidade rapidamente dá lugar ao desespero. Kristin Hannah encanta mais uma vez com uma história comovente, sensível e verdadeira sobre perda, paixão e os fios frágeis que unem as famílias.
Livro Único
Kristin Hannah
368 páginas
Novo Conceito
Já parou para pensar o quanto suas
escolhas são importantes para sua vida?
A preferência por uma coisa e não por
outra passa despercebida durante toda nossa vida – muitas vezes fazemos isso
automaticamente, sem pensar -, mas através delas nosso futuro passa a ser
moldado, tudo que temos a frente constrói-se conforme fazemos essa seleção.
Então, sem querer, consciente ou inconscientemente selecionamos no nosso
presente o que vamos colher no nosso futuro, não há como fugir disso.
Bem, essa leitura para mim não foi o que
esperei nem de longe, fiquei completamente atônita com o teor desse livro e sem
saber o que escrever como resenha.
Quantos já viram famílias perfeitas? Aquela
esposa que cuida de seu marido, organiza o dia a dia dele, paga as contas,
cuida dos filhos, faz compras e ainda lembra do compromisso e do tipo de roupa
melhor para o compromisso do marido bem sucedido, desfilando com ele como uma
dama e ele seu cavalheiro?
Para Annie era assim a vida dela, um
sonho! - Até o dia que sua filha prestes a ir para a faculdade segue viagem
para o exterior durante uma temporada, e seu amado esposo lhe pede o divórcio. –
Um sonho de engano! Ela se anulou por vinte anos em um casamento.
A vida de Annie desaba, e ela pede a
Blake, seu marido, um tempo até sua filha Natalie retornar de viagem para darem
a notícia da separação, e segue viagem para Mistic no estado de Washington,
deixando para trás sua casa e vida no sul da Califórnia.
A cidade de Mistic é aquela típica
cidadezinha do interior que pouco muda, com as mesmas pessoas de sempre, que
recebe uma Annie acostumada com sua vida requintada na cidade grande. Ao procurar
por mudanças, ela corta o cabelo, arruma roupas baratas e começa tentar curar a
ferida que Blake fez em seu coração.
Completamente despedaçada fica sabendo
sobre Nick (uma antiga paixão) e sua filhinha Izzy que pensa estar
desaparecendo devido à morte de sua mãe.
Annie vê Izzy como um meio de
entretenimento para se salvar de toda a depressão que a assola, e passa ajudar
Nick.
Com um enredo simples, Kristin Hannah
elaborou um livro lindo, maravilhoso e perfeito narrado em terceira pessoa sob
o ponto de vista de Annie, Izzy, Nick e Blake, fazendo com que a história e os
sentimentos sejam vividos segundo a perspectiva de cada um deles. Nunca pensei
encontrar – pois se quer procurava – o que encontrei nesse livro.
O amor dedicado de quem está com o
coração despedaçado, o altruísmo, o carisma, a gentileza que Annie desprende a
Izzy é grandiosíssimo! E Izzy, uma garotinha de 6 aninhos que pensa estar
desaparecendo, e que vê seu pai começar a afundar no alcoolismo, com sua doçura
e sinceridade encanta, contorce seu coração a ponto de fazer você pensar que
essa garotinha existe. Izzy queria sumir e ir para onde sua mamãe foi! Uma
personagem incrível, não dá para não encantar, chorar, torcer e em alguns
momentos querer respirar perto dela, por ela ser tão completa quanto uma
criança que realmente passou por tudo que ela.
Nick é um pai que vê sua filha com
problemas psicológicos sérios, perde seu chão quando a esposa morre, e Annie
traz recordações de uma paixão adormecida. Mas, será que essa paixão se
consolida nesse futuro? Eis a questão, o marido de Annie retorna, e outras
complicações surgem...
Quem pensa encontrar nesse livro uma
pessoa arrasada, se engana, são três pessoas destruídas por completo por várias
situações que a vida impôs a elas, tendo o início disso tudo lá no passado
devido a UMA ESCOLHA!
Mas, não pense que vão ver derrotismo e
tristeza. Vão encontrar pessoas lutando contra tudo para encontrar seu caminho
de novo, e em busca do entendimento da diferença entre casa e lar. E para Annie
é pior, seu caminho outrora destruído retorna a ela, e cabe a ela perdoar ou
não.
A Editora fez um trabalho lindo no
livro, ótima diagramação, a capa condiz com o livro, se teve algum erro, nada
que atrapalhe a leitura. O livro é dividido por partes e no final há uma entrevista
com a autora. Para mim, um ótimo livro!
Para aqueles que pretendiam lê-lo, não vão
se arrepender e aqueles que não deram atenção a este livro, sugiro que deem,
vão tirar proveito de sua profundidade, pois retrata com precisão como o perdão
(como o ato de perdoar a si próprio), o amor e a credibilidade desprendida a
uma pessoa muda uma situação por completo. A articulação feita encima de uma
família ideal, da família destruída e do que é real, é um sacolejo no leitor
para fazê-lo refletir sobre suas decisões, e um aprendizado para com situações
que tanto lidamos no dia a dia. O final compensa cada linha, e não posso
comentar mais nada, estou segurando para não soltar spoiler!
O que fazer agora? Para onde devia ir? Annie tocou a bússola pendurada no pescoço e percebeu a resposta. Talvez soubesse o tempo todo.
Nossa, imagino a situação da Annie, com esse pedido súbito. Mas acho fraqueza em personagens que tentam se mudar por que perderam algo, não precisa cortar e nem mudar seus hábitos por que alguém te fez de tonto, mas acho que cada personagem tem uma personalidade.
ResponderExcluirMas percebi que no livro tem várias lições, a principal de como uma escolha muda, de mudar o rumo, hábitos e até o dia a dia. Realmente isso acontece com muitas famílias (perfeitas), e acaba gerando muitas tramas.
Beijos Cinthia,
ThayQ.
Não posso contar o motivo do corte, e isso é o que é bom na escrita da autora, ela usa de situações comuns e mostra outros aspectos que muitos se quer perceberiam. Ela é ótima para retratar pessoas.
ExcluirSou gamado em livros mais introspectivos, que falam sobre questões mais interiores e nos levam a reflexão. Mas sempre tenho pavor que seja uma leitura prolixa ou que os personagens sejam meio afetados, sabe? Aquela coisa dos diálogos pouco convincentes e gestos forçados. MAS... Sempre prefiro correr o risco. E como você falou tão bem sobre esse, vou lê-lo sim!!
ResponderExcluirÓtima resenha, Cinthia.
abraços.
Esse é muito bom Luan, creio que vai gostar!
ExcluirAh, eu amo de paixão livros com esse tema. E, se eu pretendia ler O Lago Místico, agora vou mergulhar de cabeça!
ResponderExcluirResenha fantástica, vou compartilhar em todos os lugares.
E, sabe de uma coisa, eu acredito que a Izzy existe por aí, e dentro de cada um de nós.
Beijão emocionado! ;)
Meu pensamento não tinha ido onde o seu foi, mas realmente, a Izzy pode sim ser um personagem que retrata muitas pessoas. Esse livro compensa ser lido, obrigada!
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