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14 dezembro, 2014

Alex + Ada





Alex + Ada é um quadrinho de ficção científica, mas que tem um romance como fio condutor do enredo.Alex é um cara que vive um momento conturbado amorosamente, com o fim de seu relacionamento, ele parece sofrer de uma depressão e melancolia bastante acentuada. 

O quadrinho consegue mostrar isso de forma muito eficiente, dando close - up no rosto de Alex, outras vezes mostrando quadros sequências de sua rotina, como, por exemplo, ele acordando, a artista reservou uma página inteira, somente para este movimento do personagem.



As coisas se tornam mais interessantes na narrativa, quando Alex faz aniversário, e sua avó lhe dá um presente inusitado – Um androide que emula um humano do sexo feminino, claro.


A avó modernosa de Alex também tem seu parceiro, um androide masculino e bem mais jovem que ela, (essa véia é que sabia viver viu).


Alex não consegue assimilar isso muito bem a princípio, dai decorrer um imenso diálogo entre os dois, do ponto de vista de Alex isso seria estranho (se relacionar amorosamente com um androide).


Mas a avó dá aquela força para ele experimentar e depois que ele se relacionar com uma humana, ele poderia colocar a androide no porão, rs.









Não quero dar muitos detalhes da história, até porque li somente os dois primeiros números.
Mas a escolha do roteirista não nos mostrar Alex interagindo sexualmente logo de cara com a Ada (o nome que Alex escolheu para o presente da vovó), isso acabou por criar uma tensão sexual entre eles, que é muito legal para o leitor, agora é esperar e ver quando e como isso acontecerá.


Lendo este quadrinho me lembrei muito do filme Her de 2013 (recomendo com força este filme, inclusive, ele foi indicado ao Oscar), que coloca na mesa a mesmíssima discussão – é possível a tecnologia suprir os afetos humanos?.


Acho que o roteirista usa o romance como subterfúgio para discutir algo que já vivenciamos, em escala diferente é verdade (encontros virtuais, sexo virtual), mas logo, penso eu, que teremos a nossa disposição robôs que podem emular a presença humana.







Curti ver as influências literárias da ficção científica estar bem visível num dos quadros (você descobre quando estiver lendo).

A tecnologia é um bônus neste quadrinho, temos hologramas a dar com o pau por muitas e muitas páginas da história,rs.


No mundo de Alex todos os eletrodomésticos atendem ao comando mental, nem precisa falar nada, isso com um chip neural implantado em sua fronte, até falar com alguém ao telefone, não precisa abrir o bico (queria tanto que esses fdp usuários de Nextel pudessem ler este quadrinho – e seria perfeito se esta tecnologia já fosse realidade para nós).


A única coisa que estranhei, foi o traço estático da desenhista, não sei se foi de caso pensado, mas me pareceu todos os personagens serem androides.


Bem, ainda não temos este quadrinho editado por aqui, então somente importando por enquanto.


PS¹ – Os japoneses são o povo mais carente do universo

PS² - Dilma, faz o bolsa androide, please



Editora – Image (importado) 
Roteiro – Jonathan Luna
Arte – Sarah Vaughn 




Trilha sonora – Ed Sheeran – Album X





2 comentários:

  1. Não sou fã de HQs, exceção para as obras do Neil Gaiman, mas essa parece interessante.
    Traz uma discussão bem atual sobre a relação entre a tecnologia e as relações humanas e isso é bem a cara dos japoneses mesmo. Nos mangás que acompanho vira e mexe tem uma referência a esse respeito (exemplo Neon Genesis Evangelion e Tsubasa RESERVoir CHRoNiCLE).
    Como você disse eles são muito carentes e individualistas. E vivem mais suas vidas virtuais do que reais.

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    Respostas
    1. Oi Jaqueline, obrigada pelo comentário, e tem um ou outro mangá por aqui resenhado.

      Vc indica algum para uma possível resenha.

      Hug

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